Bolero: um caso de amor da dança de salão

Bolero Fest: romantismo, suavidade e paixão num só evento


Quem é apaixonado pela dança de salão normalmente suspira ao ver um casal dançando um lindo bolero. E foi cheios de suspiros e envolvidos num clima de muito romantismo que participamos do Bolero Fest, evento que ocorreu no dia 6 de novembro, no Círculo Militar, em Juiz de Fora. 

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O Bolero Fest foi organizado pelos professores Adriana Franco e Derly Jacob, da escola Arte em Movimento Danças de Salão. O evento contou com 10 horas de workshops e reuniu diversos professores de dança de salão de Juiz de Fora e de Petrópolis. Foi isso o que achei mais interessante: conseguir reunir em um só evento professores de escolas diferentes, o que é bem incomum na cidade (os eventos normalmente são feitos por cada escola e chamam só professores de fora, não há muito a participação das outras escolas). Essa diversidade de conhecimentos vindos dos melhores profissionais em um só evento foi espetacular. Por mais eventos assim!

Já postamos várias fotos e vídeos do evento lá no Facebook do Nos Passos da Dança e também no nosso canal no Youtube.

O Bolero Fest também teve um baile especial, no qual os professores do workshop se reuniram para uma grande ronda de bolero. Foi lindo demais ver todos aqueles profissionais competentes e dançarinos maravilhosos juntos. Foi uma apresentação emocionante, vejam:


POR QUE O BOLERO É UMA DAS PRIMEIRAS DANÇAS QUE SE APRENDE NA DANÇA DE SALÃO?


O que mais ouvimos nas nossas entrevistas é que o bolero é uma dança muito boa para os iniciantes. De acordo os professores do evento, além de ser uma das danças mais antigas e tradicionais da dança de salão, o bolero pode ser utilizado como ferramenta de aprendizado para os iniciantes, pois ajuda muito na assimilação de conceitos básicos e primordiais da dança de salão como: postura, equilíbrio, condução, ritmo e relação inter casal. Os alunos que aprendem o bolero conseguem captar melhor a essência da dança de salão.

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A professora Natália Paletta, da escola Balladines, comenta que pelo bolero ser uma dança mais lenta, você tem mais tempo pra pensar na execução dos passos e com isso disciplina seu corpo para as outras danças. Pra depois pensar mais rápido quando for dançar ritmos mais ágeis.  O professor Júlio Franco, da escola Balliamo, acrescenta ainda que o bolero ajuda muito na questão postural, pois é uma dança que pede uma postura mais ereta e firme, o que ajuda também nas outras danças.

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MOVIMENTOS E CONCEITO BÁSICOS (E SUAS EVOLUÇÕES) DO BOLERO


Por ter alunos já envolvidos com a dança de salão e que já tinham contato com o bolero, os workshops foram bem voltados para o aprimoramento da dança, sempre passando conceitos e técnicas com o intuito de dar algo a mais do que os alunos aprendem nas aulas do dia a dia.


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POSTURA E ABRAÇO


O professor Júlio Franco falou sobre a importância da postura no bolero, que é mais elegante, ereta e firme, por ser uma dança mais clássica e tradicional. Porém, ressaltou a importância de se distinguir a postura formal – essa mais técnica, quando se está dançando com pessoas até então desconhecidas; da postura informal – mais relaxada, sem deixar de ser elegante, quando se está dançando com um par mais conhecido. “No caso do bolero você tenta passar a mensagem de uma alma suave e romântica, a postura tem que ser condizente”, comenta o professor.

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CONDUÇÃO 


Os professores Jailton Justino, da escola Scenarium e Pedrinho Alves, da Academia de Dança Pedrinho Alves, abordaram o conceito da condução de uma forma muito diferente e bonita. Para eles, a condução começa quando o cavalheiro avista a dama no salão, estende a mão, a convida pra dançar, abraça, se posiciona para começar a dança. Para eles, tudo começa ali. “Isso pra mim é condução: corpo com corpo, pele e energia. Toda preparação antes da dança em si, já é a condução”, comenta Jailton.

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TROCADILHO, LEQUE E SUAS VARIAÇÕES


O professor Júlio Franco, trabalhou também com o trocadilho, passo clássico do bolero. Mas passou questões técnicas, como o movimento do quadril, que ajudam a deixar o passo com mais desenvoltura. Os professores Elis Pires e Anísio Basílio, da escola Espaço Arte Cultural Pires Basílio, trabalharam o leque e suas variações, com movimentos de efeitos diferentes no leque tradicional.

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TEMPO, CONTRATEMPO E TEMPO LISO


Os professores Maximilliam Santos e Renata, da escola Balliamo, exploraram os conceitos de tempo, contratempo e tempo liso. A ideia é trabalhar um mesmo passo em tempos diferentes, usando a mesma música, porém fazendo com a sua dança fique mais criativa saindo da rotina de 123. “Não que iremos deixar de usar o 123, mas, com isso, o cavalheiro e a dama passam a ter mais possibilidades e recursos para poder usar em suas danças”, comenta Max.



CONCEITOS MAIS COMPLEXOS NO BOLERO 


Outros professores exploraram conceitos mais complexos na dança bolero, como a questão do sentimento na dança, que os professores Pablo Silva e Silvana Marques, da escola Estação Cultural, abordaram, destacando a importância de se dançar sentindo a música e tentando expressá-la, sem ficar preso aos movimentos e figuras convencionados. “Somos muito levados pelo desejo de dançar, de fazer figuras e gestos técnicos. Ás vezes, a pessoa até tem repertório, mas não sente a dança, não coloca sentimento, e aí fica uma dança sem expressão ou com a expressão vazia”, explica Pablo. 

O professor petropolitano Pedrinho Alves, explorou os conceitos de equilíbrio, tempo de música e expressão corporal, mostrando como os cavalheiros podem se dedicar a movimentos mais suaves e equilibrados e, com isso, enxergar saídas diferentes das tradicionais. 


Também de Petrópolis, o professor Leandro Marques, do A2 Studio de Arte e Dança, trouxe movimentos mais elaborados para o salão.  A ideia é mostrar movimentos para “as pessoas não ficarem no meio do salão sem conseguirem sair do lugar e se movimentar direito. Para que os casais comecem a circular o salão dançando, de forma simples, mais dinâmica.”, explica Leandro.

BOLERO ESTILIZADO


Mesmo a dança de salão tendo se popularizado mais nos últimos anos, ainda temos alguns estereótipos vigentes na cabeça de alguns, como o de que “bolero é coisa de gente velha”. Provavelmente por ser uma dança antiga, tradicional e realmente muito dançada por pessoas mais velhas (pois eram da época delas), ocorre essa ligação direta. Mas cada vez mais vemos jovens dançando o bolero também. 

Porém, diante desse estereótipo ainda corrente e da percepção por parte de grandes profissionais da dança de salão que o bolero estava se perdendo um pouco, surgiu-se há poucos anos uma proposta mais moderna e atual para o bolero, que se caracterizou como bolero estilizado ou bolero moderno. 

No Bolero Fest tivemos um workshop só de bolero estilizado com os professores Marcelo Santos e Mariana Eveling, da Academia Marcelo Santos. Marcelo explica que a proposta do bolero estilizado não é só conceitual, para agradar os jovens, mas para inovar mesmo a dança para todos os públicos. “O bolero estilizado é uma reformulação do bolero tradicional para o contemporâneo. Não é uma modificação radical, mantém as raízes, a movimentação básica, só se adapta à atualidade”, explica Marcelo.


O bolero estilizado tem inovação tanto na música, aproveitando e utilizando músicas mais contemporâneas (por isso a aceitação maior dos jovens), quanto na técnica, com conceitos de mais movimentação e dinâmica entre o casal e do casal no salão (no bolero tradicional acaba que a dama aparece e se movimenta mais).

E para finalizar essa matéria linda e cheia de amor, compilamos tudo que vivemos nesse dia romântico num vídeo sobre o evento. Espero que consigam sentir a energia boa que rolou no Bolero Fest, que babem com as danças lindas que tivemos, que os participantes morram de saudade e que todos fiquem com muita vontade de ir no próximo!







4º Aldeia Roots: amigos, dança, natureza e muito forró


Saiba como foi um dos meus melhores festivais de forró. E veja também nossa primeira cobertura de evento

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O Aldeia Roots acontece em Aldeia Velha, distrito de Silva Jardim, Rio de Janeiro.
Depois de muita ansiedade para chegar os dias 7, 8 e 9 de outubro para o 4º Aldeia Roots, finalmente eu e Ruan voltamos ao lugar e no mesmo contexto no qual nos apaixonamos dançando forró. Depois de quase 5 meses desde a primeira vez em que estive lá, no Festival de Forró de Aldeia Velha (leia mais neste post aqui), hoje eu já considero Aldeia Velha minha casa, com minha nova família, meus amigos e meu cantinho aconchegante, e acho que foi isso que fez o Aldeia Roots ser um dos melhores festivais de forró pé-de-serra que já fui. 

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Eu e Ruan Senna, meu namorado. Nos conhecemos no Festival de Forró de Aldeia Velha, em maio.
Mas acho que essa vibe não é só minha, todos que frequentam Aldeia Velha ou mesmo os que vão só às vezes, e até os que foram pela primeira vez, sentem que há algo diferente naquele lugar. A cidade pequena, as pessoas simpáticas e acolhedoras, a natureza, tudo faz com que o forró fique muito mais gostoso ali. Mas claro que a estrutura do evento e, principalmente, a programação dos shows contou muito para o Aldeia Roots ter sido sensacional. Além disso, a galera que compareceu era totalmente da paz, querendo curtir o forró, dançar e se divertir. Foi mesmo FODA!

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Amigos doforró se encontrando no Aldeia Roots.
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Muita alegria e diversão no festival de forró pé-de-serra Aldeia Roots, em Aldeia Velha.
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Muita dança e forró do bom na 4ª edição do Aldeia Roots.
Eu e Ruan conseguimos curtir demais nosso festival de forró, mas também trabalhamos bastante. Ficamos revezando entre filmar e tirar foto, e dançar também, é claro! Espero que vocês tenham acompanhado e gostado da cobertura que tentei (pois a internet lá não pega no local do evento, só na casa do Ruan) fazer pelas redes sociais do Nos Passos da Dança, no Instagram e Facebook. Veja mais fotos da galera no Aldeia Roots lá no Facebook.

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Local do Aldeia Roots em Aldeia Velha. Estrutura espaçosa e envolta de natureza.
Na sexta-feira, dia 7 de outubro, a atração principal do Aldeia Roots foi o Trio Chamego Nordestino (RJ), que animou a galera e fez o salão encher já no primeiro dia de festival.


O que eu adoro nos festivais é poder ficar no local do evento, curtindo também durante o dia, interagindo com a galera no camping e com a natureza. Os festivais de forró assim possibilitam essa troca de ideia, cultura e novas amizades, é o que faz a gente se apaixonar cada dia mais pelo forró pé-de-serra.

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Camping do 4º Aldeia Roots. Foram 3 dias com o clima bem gostoso, calor de dia e friozinho a noite.


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Os shows de forró no sábado começaram no final da tarde com Trio Lamparão (RJ) e Trio Estopim (RJ).


A DANÇA NO FESTIVAL


Uma coisa que me chamou atenção nesse festival foi o nível de dança da galera. Em festivais de forró, há sempre uma turma que vai mais pra curtir o evento e os shows do que dançar. Eu sou fominha de dança e se deixar não paro um minuto. Mas nem sempre a galera sabe tanto de dança, as vezes é mais uma curtição, uma improvisação. Mas nesse Aldeia Roots a galera tava dançando muito e bem. Fiquei de cara com as danças que vi. Pessoal tava dançando muito e dando verdadeiros shows de dança. O estilo é bem roots, o que é bem comum nesses festivais de forró pé-de-serra. Eu já to acostumada, desde Itaúnas que vejo esse estilo de dança e fico cada vez mais encantada querendo aprender.



Veja mais vídeos das danças no Aldeia Roots no Canal do Nos Passos da Dança no Youtube.

SHOWS DE FORRÓ DO ALDEIA ROOTS


Daí, você está em casa tomando banho e se arrumando pra voltar pro forró e de repente quem aparece pra tomar um café? Trio Dona Zefa! Haha (só pra vocês entenderem: o cunhado do Ruan é organizador do Festival). Ó trio gente boa, viu? Os três são muito simpáticos e inteligentes. Claro que aproveitei pra tietar, né?! haha

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No sábado a noite teve show de Os Cangaceiros (BA), Trio Dona Zefa (SP), Trio Xamego (SP), Trio Nordestino (BA) e Severo Gomes (RN).

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FORRÓ ATÉ O DIA CLAREAR


Dizem que sempre deixam o melhor por último né?! Seguiram essa filosofia no 4º Aldeia Roots e os dois últimos shows foram simplesmente sensacionais. A banda Raízes do Sertão (DF) tocou até o dia clarear com uma animação contagiante, não tinha como ficar parado. 




As versões que eles fazem dos clássicos do forró pé-de-serra e a presença de palco deles são maravilhosas. Olha a versão deles da música Festa, que demais.


Depois do show do Raízes ir até o sol ficar a pino e a galera achar que não aguentava mais, entra o Bastião (SP) quebrando tudo no palco e fazendo um dos melhores shows de forró que já vi. Eles também fazem versões incríveis de clássicos do forró e da MPB, além de terem músicas próprias maravilhosas.


Alguns amigos meus, e aposto que alguns seus também, perguntam sempre por que eu gosto tanto de forró, por que viajo tanto pra ir atrás do forró, por que “perco” noites, fins de semana e feriados no forró ou na dança. Espero que esse post responda algumas dessas perguntas. Por que não há nada igual ao forró mesmo.

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Fechamento lindo do 4º Aldeia Roots com Estopim. Foi sensacional esse show!
A primeira cobertura do blog num festival de forró também foi uma experiência incrível, aprendemos muito, passamos alguns apertos, trabalhamos bastante, conhecemos pessoas incríveis e fizemos muitas amizades. Acompanha no Facebook do Nos Passos da Dança mais fotos e vídeos do 4º Aldeia Roots.

DJ Kalango: 10 anos de carreira, construindo a história do forró em Juiz de Fora

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DJ Kalango: 10 anos de carreira, construindo a história do forró em Juiz de Fora.
Quando chegava o mês de junho, o menino já sabia qual seria a tradição em Almenara: a avó chamava todos para rezar um terço em sua casa e logo depois começava o forró.  Foi assim que Danilo Oliveira teve seu primeiro contato com o forró. Mal sabia ele que a semente plantada no nordeste de Minas daria fruto somente no sudeste do estado, onde ele se tornaria o DJ Kalango, forrozeiro apaixonado e peça principal na história do forró de Juiz de Fora.

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D. Conceição, avó paterna de Danilo, no quarto de Santo Antônio, onde era rezado o terço. Créditos: arquivo pessoal Danilo.
Esse ano, nosso querido DJ Kalango faz 10 anos de carreira e é inevitável contar sua história sem falar da história do forró em Juiz de Fora. Mas antes de chegar aqui, ele saiu de Almenara com 15 anos e foi estudar na capital do estado. Em Belo Horizonte, teve sua fase de rockeiro, mas confessa que já possuía algumas fitas que tinham o lado B com forrós, para não perder a essência.

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Keila e Danilo crianças, fantasiados para a festa junina em Almenara.
Créditos: arquivo pessoal Danilo.
Em 1992, um ano depois da mudança para capital, veio para Juiz de Fora e aqui teve um pouco mais de contato com o forró - porém era o estilo do forró eletrônico e do sertanejo-, frequentando casas noturnas como a ABCR.

Já no final dos anos 90, com a explosão do forró pé-de-serra no Brasil, começaram a ter eventos desse estilo na cidade, como era o caso da Casa do Forró, do forró no Planet Bolling e do Black Jack.

“Essa época me descobri forrozeiro”, define Danilo. O momento do cenário musical do Brasil era favorável aos forrozeiros pé-de-serra. Em 1998 e 1999 houve o boom de Itaúnas, dos festivais de forró e dos grandes shows de mestres como Dominguinhos. Danilo vivenciou essa época intensamente, viajava para ir aos shows e frequentava praticamente todos os eventos de forró em Juiz de Fora. Com isso, no início do milênio, o garoto de Almenara já era um membro primordial da família forrozeira da cidade.

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O mestre Dominguinhos e Danilo na Exposição de Simão Pereira em 2008.
Créditos: arquivo pessoal Danilo.

O DJ KALANGO


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Quem imaginaria que o garoto que sempre quis trabalhar com informática e tornou-se analista de sistemas, também se tornaria um forrozeiro? E quem imaginaria que o rapaz, então forrozeiro, iria se tornar DJ? Mas foi graças a essa união que Danilo teve acesso às músicas de forró na internet (vale lembrar que nessa época não era tão fácil como hoje) e começou a fazer coleção dessas músicas.

Em 2005, comprou um notebook e pode levar as músicas nos encontros e churrascos dos amigos, a gravar CDs com as músicas e levar para os eventos. Na época já tinham algumas pessoas do meio do forró na cidade que se aventuraram como DJs, como o Evaldo, DJ Babil; Mauricinho, do Trio Só Fórro; Rui, produtor de eventos e o Cris, que surgiu como DJ de vinil.

Nos próximos anos, o DJ Kalango começou a tocar em vários eventos de forró em Juiz de Fora. Veja a linha do tempo:

2006 – Fez duelos de DJ com o DJ Babil (Evaldo), seu slogan era “90% xote e 10% álcool”. Participou dos eventos de forró nos bares perto do colégio Academia de Comércio, os famosos “Forrós dos Barzinhos da Academia”.

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Danilo começou a se apresentar como dj com um notebook e uma caixinha de som. Créditos: arquivo pessoal Danilo.
2007 - Começou a tocar em eventos do produtor Rui com o Trio Só Forró e também em eventos do Evaldo (Forró pra Juventude). Comprou uma caixa de som e também começou a ser chamado como DJ em festas particulares, tendo que tocar outros gêneros de música. Também participava dos shows das bandas nacionais de forró quando vinham se apresentar em Juiz de Fora.

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Comemoração do Dia Nacional do Forró no Bar do Ricardo. Créditos: arquivo pessoal Danilo.
2008 - Criou o site Forró JF com a intenção inicial de divulgar o forró na cidade. Posteriormente o site ganhou visibilidade nacional e passou a divulgar a agenda de forró de vários lugares do Brasil. O site também fez cobertura fotográfica de eventos como Minas Roots, Rootstock e Itaúnas.

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O site de forró cobriu diversos eventos grandes da cena do forró no Brasil.Créditos: arquivo pessoal Danilo.

2009 – Impulsionados pelas crises do forró em JF, surgiu o Forró da Bruxa, uma associação feita pelo próprio Danilo, Bruxinha (Lucia Bisaggio), Rui e Jean, que também trouxe muitas bandas nacionais para tocar na cidade.

O Forró da Bruxa foi uma alternativa informal para suprir a falta de eventos constantes em Juiz de Fora.
Créditos: arquivo pessoal Danilo.

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Forró da Bruxa na casa da "Bruxinha" (Lúcia Bisaggio). Créditos: arquivo pessoal Lúcia Bisaggio.
Nos outros anos, mais eventos de forró surgiram no município, sempre com a participação de Danilo: Forrozada, Forró no Bar da Fábrica com Trio Só Forró e depois com Só Parent. Com isso, a trajetória do DJ Kalango foi trilhada junto com a história do forró em Juiz de Fora.

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Danilo participava da maioria dos eventos de forró em Juiz de Fora. Créditos: arquivo pessoal Danilo.
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Forrozada JF, evento de forró de Juiz de Fora que ocorreu durante os anos de 2012 e 2015.
Créditos: arquivo pessoal Danilo.

história do forró em Juiz de Fora, Forró, dj de forró, dj forró vinil, dj kalangoPor que "kalango"?


Mesmo antes de ser DJ, Danilo já tinha sido apelidado de calango. A situação inicial foi simples: estava numa festa sentado de forma muito espaçosa, com os pés afastados, corpo quase deitado na cadeira, realmente todo desajeitado. Um amigo comentou “tá parecendo um calango esticado na areia quente!”. Depois disso, toda a turma começou a fazer brincadeiras com o nome e a inventar histórias sobre o calango da cidade de Almenara. Quando virou DJ criou o nome artístico Kalango, com K.



O renascimento do vinil


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Com a chegada do vinil, Kalango investiu em novos equipamentos
e discos. Créditos: arquivo pessoal Danilo.
Até o ano de 2012, Kalango só trabalhava com o notebook, sua caixa de som e, às vezes, um mixer. Nos últimos anos, houve o reaparecimento do vinil nos festivais de forró roots, que tocam forrós mais antigos, utilizando discos de vinil. Com isso, Danilo também adquiriu seu aparelho e começou a fazer eventos com a discotecagem em vinil. Mas ele reconhece que é preciso mesclar as duas formas, “O forró em vinil não dá em todo evento, depende do público”, comenta ele. “Também é preciso divulgar as bandas novas, por isso tem que variar”, completa Danilo.


Suas referências musicais, de bandas e de outros DJ variam entre São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte; por ter muitos contatos, a troca de informações e músicas são mais fáceis. Também investe na compra de discos antigos, trazendo coleções inteiras de vários cantos do país para o seu acervo. 

2016 e a nova explosão do forró 


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Forró no bar Cai e Pira, um dos novos eventos de forró de Juiz de Fora. Créditos: arquivo pessoal Danilo.
Assim como aconteceram em alguns momentos durante esses 10 anos, Danilo observa que 2016 etá sendo o ano de um novo boom do forró pelo Brasil, o que reflete diretamente no cenário local. Em Juiz de Fora, desde 2015, começaram a ter mais eventos de forró na cidade, mesmo com o término do forró no Bar da Fábrica, apareceram novos eventos como o forró de quarta-feira no Gangster Pub, alguns domingos de forró no bar Cai e Pira (de produção do DJ Kalango), alguns shows com bandas de fora e, agora em 2016, o forró de sexta no Galpão Lounge, quinta no Ibiza Club e em alguns domingos o Forró Casa na Praça. Todos com a presença do DJ Kalango.

O futuro do Kalango


Esse ano Danilo está investindo no DJ Kalango, não só em Juiz de Fora, mas também na região. Já foi convidado para alguns festivais da região e está expandindo cada vez mais seus contatos e também seu acervo. Para daqui a um tempo realizar seu sonho e entrar no circuito internacional de forró. Quem sabe o menino de Almenara não consegue levar o forró da casa da avó para o estrangeiro?!

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5º Festival Nacional de Danças de Salão em Juiz de Fora


Espaço Arte Cultural Pires Basílio promove workshops de danças de salão em Juiz de Fora

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5º Festival de Danças de Salão de Juiz de Fora.

Nesse final de semana, Juiz de Fora foi palco da quinta edição do Festival Nacional de Danças de Salão, organizado pela escola de dança de salão Espaço Arte Cultural Pires Basílio. O evento aconteceu no final de semana dos dias 26 a 28 de agosto e contou com workshops de samba, forró, bolero, zouk, bachata, salsa e técnicas e movimentos de dança com profissionais renomados, como Leandro Azevedo, do Espaço Leandro Azevedo e Paulo Soares, da Escola de Dança Centro Cultural Jaime Arôxa. Além de outros professores de escolas de dança de salão da região, sendo alguns deles campeões de outras edições do Festival.

Para tentar compilar um pouco do que vi no evento e passar a energia gostosa que é a dança de salão, o meu namorado lindo e agora editor oficial de vídeos do blog rs, Ruan Senna, fez um vídeo do Festival, vejam que legal:



Conversei com Elis Pires, professora do Espaço Arte Cultural Pires Basílio e organizadora do Festival, ela observou que recebem sempre muitas inscritos de fora da cidade, tanto de cidades vizinhas, quanto de outras regiões: "Esse ano recebemos turmas de inscritos de Araruama, Rio de Janeiro, Jundiaí. O Festival atrai sempre muitas pessoas de fora da cidade, muitos são nossos parceiros e amigos que fazemos quando viajamos para Congressos", comenta Elis.

No sábado de manhã, dia 27, eu acompanhei algumas aulas do Festival e adorei o espaço, os professores e a dedicação dos participantes. Logo cedo os anfitriões do Festival, ministraram o workshop de Musicalidade e Consciência Corporal. Os exercícios do curso eram bem interessantes, trabalhavam conceitos de auto-conhecimento do corpo e do corpo do parceiro, eles propuseram que os alunos tocassem no próprio corpo, trabalhassem em duplas fazendo montagem de poses um no outro, vendados, interpretassem a letra da música de forma teatral, além de trabalhos de ação e reação. Eu adorei a proposta, acho que muitas pessoas se sentem travadas na dança, pois não conhecem o próprio corpo, não têm controle sobre seus próprios movimentos e também não escutam a música. Além disso, os exercícios trabalhavam a interação com o parceiro, primordial na dança de salão.

Veja algumas fotos da aula de Consciência corporal e musicalidade.

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Workshop de Consciência corporal e musicalidade.
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Workshop de Consciência corporal e musicalidade.

Ainda no sábado acompanhei o workshop de bachata do casal Rômulo e Rafaela Nascimento, da escola de dança de salão PC e Edna, de São João Del Rei, Minas Gerais. A aula deles foi super divertida e cheia de molejo, aja quadril pra dançar bachata rs. Eles ensinaram os principais passos da base da bachata e todos terminarem a aula já dançando um pouco desse ritmo.

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Aula de bachata com Rômulo e Rafael Nascimento.
Veja mais fotos do evento lá no Facebook do blog Nos Passos da Dança.

A bachata é uma dança linda e com uma pegada muito sensual, eu adoro esses tipos de dança, românticas e sensual, tipo o zouk também. Veja o casal Rômulo e Rafael Nascimento dando uma palinha dessa dança maravilhosa, olha que arraso!



Como parte da programação do Festival, aconteceu também a Mostra de Dança competitiva e não competitiva de conjunto e casal, de diversos ritmos, escolas e profissionais.

Como todos já sabem, apesar de ser apaixonada por dança de forma geral, meu coração e meus pezinhos batem mais forte pela dança de salão. Acho linda a dança a dois, a interação entre os corpos, a condução dos movimentos e o envolvimento com a música. Que venham mais eventos de dança de salão em Juiz de Fora, precisamos de inciativas como essas para promover e incentivar cada vez mais a dança na nossa cidade!

Como dançar a dois – Dicas do que não fazer na dança em casal

Xaveco sem reciprocidade, mão boba, pesar o corpo do outro, suor, odores desagradáveis, são atitudes que podem atrapalhar a dança.


Outro dia, sem querer, levantei uma polêmica no grupo do WhatsApp da minha escola de forró sobre o que não é legal na dança a dois. Fazendo da crise uma oportunidade, criei um post na página do Facebook do blog perguntando às pessoas o que as incomodavam ou as deixavam constrangidas na dança a dois. O post deu super certo (veja aqui a repercussão) e também no privado recebi ótimas contribuições. Então resolvi compilar, analisar todas as respostas e listei as principais atitudes que as pessoas mais se incomodam quando estão dançando com um parceiro.

Como dançar a dois  – Dicas do que não fazer na dança em casal
Atitudes incômodas e constrangedoras do parceiro pode atrapalhar toda a magia da dança. Foto: montagem com foto de Lucas Lucco e Mariana Guedes no programa Dança dos famosos da Rede Globo.

É importante lembrar que não existem regras estabelecidas nas danças a dois (danças de salão em geral). O mais importante e gostoso na dança é sentir a música, o parceiro, entrar em sintonia com o corpo do outro e desfrutar daquele momento mágico que é a dança. Porém, exatamente por ser a dois - ou seja, existe ali outra pessoa com você na dança-, é preciso estar atento com as suas atitudes e ações.

ATITUDES INCÔMODAS E CONSTRANGEDORAS NA DANÇA A DOIS

Veja as principais atitudes incômodas e constrangedoras dos parceiros na dança e saiba como evitar cometer essas gafes.

ESTAR COM ODORES DESAGRADÁVEIS

Esse foi o motivo mais citado como o mais desagradável na dança. A dança a dois é muito colada, então é quase inevitável não sentir certos odores vindo do corpo do parceiro, como mau hálito e cêcê.

Dicas de como evitar: é inevitável suar na dança, principalmente em danças mais rápidas e quando você dança por muito tempo. Mas veja as dicas de como evitar esses odores desagradáveis:
  • Tome sempre um banho completo e passe um bom desodorante ou antitranspirante antes de ir para o baile. Se você sua demais, leve o desodorante na bolsa para reforçar durante a noite.
  • Escolha roupas leves que não te fazem transpirar tanto. Mas se suar muito e molhar a camisa de suor, leve outra para trocar quando começar a incomodar.
  • Quando o suor começar a pingar, vá até o banheiro e lave o rosto. Você pode também levar uma toalhinha pequena para secar o rosto nas pausas das danças.
  • Beba sempre muita água para hidratar o corpo, isso ajuda também no hálito. Tenha sempre uma balinha no bolso.

ASSEDIAR O PARCEIRO

Essa é uma reclamação constante, principalmente das mulheres, embora também tenham homens que sofrem com isso. A “roeção”, como no forró chamamos o chamego na hora da dança, se for demasiada e não for recíproca incomoda e atrapalha. O assédio acontece de várias formas na hora da dança: quando o parceiro começa a passar a mão no corpo do outro, cola e esfrega muito o corpo no do outro, fica cheirando o cangote, cola o rosto e fica procurando a boca para tentar beijar. De forma geral, forçar uma intimidade que não foi dada, é ser invasivo e inconveniente.

Como dançar a dois  – Dicas do que não fazer na dança em casal
Atitudes incômodas e constrangedoras do parceiro pode atrapalhar toda a magia da dança. Foto: montagem com foto de Marcus Lobo e Mariana Guedes no programa Dança dos famosos da Rede Globo.

Dicas de como evitar: como a dança a dois aproxima muito o corpo dos parceiros e o contato é realmente muito próximo - principalmente as mais coladas e naturalmente sensuais como zouk, batchata, kizomba e forró-,  é comum o parceiro confundir as coisas, mas para não ser inconveniente veja as dicas:
  • Tenha bom senso e respeito: nem todo mundo gosta de dançar muito colado ou de forma sensual. A entrega na dança acontece de diferentes formas. Procure perceber como o outro se sente mais a vontade e dance não só conforme a música, mas conforme o seu parceiro.
  • Cuidado no xaveco: se você achar que está rolando um clima, antes de tomar qualquer atitude com mais intimidade, perceba se o outro realmente está aberto e disposto a isso ou se você pode estar confundindo. Converse primeiro, tente conhecer um pouco mais a pessoa. Comece com um olhar, um sorriso, para depois ir mais além. Sutileza e delicadeza deixam o flerte muito mais gostoso e mostra´m respeito.


MACHUCAR O PARCEIRO

A dança é pra ser confortável e gostosa. Tanto cavalheiros como damas me reclamaram principalmente de: pesar o braço no ombro do parceiro; deitar o rosto no do outro, colocando peso; apertar demais a cintura ou as costas do parceiro; dobrar o braço ou puxá-lo com força na hora da dança, principalmente nos giros. Tudo isso causa realmente dor e incômodo, ao invés de sair da dança feliz você sai dolorido.

Dicas de como evitar: 
  • Esteja sempre atento ao seu corpo e seu peso: na dança a dois cada um tem seu eixo e os dois juntos formam também o eixo da dança, é importante respeitar esse limite e estar atento ao seu corpo, perceba se você não está pesando demais o seu corpo no do outro com seu braço ou cabeça.
  • Não use a força: energia e força são coisas diferentes. Você pode e deve colocar determinada energia na sua dança, para deslocar ou girar, mas tome cuidado para não exceder e acabar usando a força e machucando sem querer. É horrível quando o outro te puxa forte ou então não controla o próprio corpo e acaba se pendurando em você.

Além desses 3 principais motivos mais comentados, ainda surgiram outros muito pertinentes:

  • Parceiros espaçosas: o salão está lotado e a pessoa quer dançar de forma espaçosa e acaba esbarrando em todo mundo, as vezes até machucando o parceiro ou os outros. Dance na sua e preste atenção no espaço que tem para fazer certos movimentos. O salão é de todos.
  • Pessoas que ficam paradas no meio do salão sem dançar: se não está dançando, saia da pista. Quer ver o show, vá pra frente do palco curtir. O salão é pra dançar.
  • Parceiros que dançam juntos, mas sozinhos: é aquele parceiro que está dançando com você, mas está em outro mundo, dançando pra se mostrar ou então dançando a dança dele, no estilo dele, sem se preocupar em tentar encaixar a sua dança e corpo com o do seu parceiro ou com a música.
  • Parceiro que não olha no olho: eu sei que muitos têm vergonha, mas a dança é a dois, portanto, preste atenção no seu parceiro e dê atenção para ele. Não dance olhando para o lado ou para o chão.
  • Roupas e acessórios que atrapalham a dança: roupas com muitos fios, buracos, apetrechos que atrapalham a dança. Bolsas e acessórios que esbarram no parceiro. Coisas nos bolsos das bermudas dos homens que chegam até a machucar nossas pernas. 
  • Parceiros bêbados: não dá pra dançar bêbado, perde-se o equilíbrio e atrapalha o parceiro. Se tá a fim de encher a cara, não vá dançar, fica de boa curtindo o som. Se beber, não dance.
E aí, concordam com as atitudes constrangedoras que listei? Tem mais alguma que poderia acrescentar? Coloque aqui nos comentários. É hora de falar e expor o que te incomoda, só assim as pessoas vão saber o que melhorar na dança, afinal, o que todos querem mesmo é dançar de forma confortável e gostosa.

Festival Nacional de Forró - FENFIT 2016 - Dunas de Itaúnas

Curta alguns vídeos do Festival Nacional de Forró de 2016, com shows de Mestrinho, Severo Gomes, Alceu Valença, Lucy Alves e muito mais.


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Severo Gomes no Festival Nacional de Forró 2016 em Dunas de Itaúnas.

Quem acompanha as redes sociais do blog (para quem ainda não, aproveite e curte lá no Facebook e no Instagram), viu um pouco da minha ida para o Festival Nacional de Forró (FENFIT) 2016. Consegui postar um pouco de como estava sendo minha viagem em Dunas de Itaúnas e alguns shows que curti. Acabei dançando e curtindo mais do que filmando, confesso rs. Mas vai dar pra ter um pouco do gostinho de como é o paraíso alucinante.

Como já comentei aqui, eu já conhecia Dunas de Itaúnas, passei a virada do ano de 2015 para 2016 dançando forró por lá e fiquei apaixonada. Vejam os posts que fiz, um sobre a capital nacional do forró pé-de-serra e outro com dicas de viagem para Dunas de Itaúnas, como é a cidade, a estrutura, como chegar e alguns preços. 

Mas estava doida para ir no FENFIT, pois é o maior festival de forró pé-de-serra do mundo! E foi maravilhoso...a cidade, mais do que nunca, estava inspirando e expirando o forró. Eram pessoas do Brasil e do mundo inteiro, vários profissionais e artistas de todo o canto com muito talento e animação, os melhores trios e bandas de forró pé-de-serra do Brasil, todos reunidos para cantar e dançar forró. Era forró o dia inteiro, na padaria, na praia, na praça e nos bares. Vejam que delícia a famosa "padaria de Itaúnas"!



O Festival acontece no Bar do Forró, que é também o organizador do evento. As bandas se inscrevem meses antes e enviam o seu material para o evento, 23 delas são selecionadas para se apresentam durante os sete dias do Festival em Dunas de Itaúnas. Todo dia o FENFIT abre com um show de um trio, banda ou artista já conhecido e depois há o momento das bandas que estão participando participando da competição. Elas tocam durante cerca de meia hora e nesse momento apresentam uma música de sua autoria que está concorrendo ao Festival. As bandas e trios são julgados por um juri técnico que avalia quesitos como letra, música, apresentação de palco, originalidade e interpretação. A competição tem várias etapas de classificação e eliminação, no último dia do Festival são revelados os vencedores, classificados de 1º a 4º lugar e também alguns destaques e revelações (tipo o Oscar do forró pé-de-serra rs). Veja a lista dos vencedores e destaques do FENFIT 2016.

Veja o vídeo do primeiro e segundo lugar do Festival Nacional de Forró 2016:

FUÁ DE LATADA



TRIO STOPIM



O Festival tem o objetivo de incentivar a produção, inovação e renovação musical do forró pé-de-serra, ajudando na divulgação dos artistas e promovendo um intercambio musical e cultural sensacional, de diferentes gerações e regiões do Brasil e do mundo. Mas além da competição, têm também os shows de bandas, trios e artistas já consagrados no Brasil, muitos inclusive que começaram em Itaúnas ou já tiveram parte de sua história pela cidade. Fiz alguns vídeos de show sensacionais que vi, confiram:

ALCEU VALENÇA



MESTRINHO




SEVERO GOMES



LUCY ALVES




Vejam mais vídeos do FENFIT 2016, de forró e de dança lá no canal do blog no Youtube. Espero que tenha dado pra dar um gostinho do que é esse grande e maravilhoso Festival, a energia incrível que paira em Itaúnas nessa época e a emoção que é participar de um evento desse! Quem participou deste ou de outros FENFITs deixe aqui nos comentários o seu depoimento, quem ainda não foi e tem alguma dúvida pode deixar também.