Dia Nacional do Forró: uma homenagem ao Rei do Baião


Veja nossa homenagem e conheça um pouco mais sobre a história do Dia Nacional do Forró, comemorado no dia do nascimento de Luiz Gonzaga.


dia nacional do forró luiz gonzaga


Olá pessoinhas dançantes forrozeiras! Hoje, 13/12, é uma data muito especial para todos nós, pois é comemorado o Dia Nacional do Forró! A data é uma homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que consagrou o estilo em todo Brasil. Instituída em 2005 pelo ex-presidente Lula, é uma forma de celebrar a música e a cultura do forró em todo Brasil e também por forrozeiros espalhados por esse mundão a fora.

E nós não poderíamos deixar de prestar a nossa homenagem ao Forró de uma das melhores formas que sabemos: mostrando como é a música, a dança, a festa e toda a cultura do forró em vídeo! Do jeitinho que a gente ama fazer. Curta só o nosso vídeo em homenagem ao Dia Nacional do Forró e compartilhe se você gostou e é forrozeiro de coração! <3



Gostou desse vídeo? Veja outros que produzimos de forró no nosso Canal no YouTube.

UM POUCO DE HISTÓRIA NO DIA NACIONAL DO FORRÓ


Luiz Gonzaga nasceu em Exú, Pernambuco, em 1912 e desde cedo se destacou ao tocar sanfona. Mas foi a partir de 1939, aqui no Rio de Janeiro, que começou a trabalhar mesmo com música e a divulgar os ritmos nordestinos, retratando as histórias do seu povo (injustiça, alegrias, sofrimentos, folclore etc).

Suas principais parcerias na composição das músicas foram Miguel Lima, Humberto Teixeira e Zé Dantas, nas décadas de 40 a 60. Característico pelos seus trajes típicos nordestinos, principalmente de cangaceiro. Luiz Gonzaga foi, e continua sendo, inspiração para artistas de todos os estilos. 

Quem quiser saber mais da história do rei do baião, ela é contada no filme Gonzaga, de pai para filho, de Patrícia Andrade. Tem também o documentário Luiz Gonzaga - Vida, Música e Conquistas da TV Assembleia Ceará.

MÚSICAS DE LUIZ GONZAGA


dia nacional do forró luiz gonzaga


Luiz Gonzaga gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. Entre elas a que se tornou hino nordestino, Asa Braca. Outras de suas músicas marcantes são “Dança, Mariquinha”, “Dezessete e Setecentos”, Baião” e “Meu Pé de Serra”, “Juazeiro”, “O xote das meninas” e “Vem Morena”. Todo forrozeiro já ouviu um monte e conhece bem outras tantas.

Pedimos aos nossos seguidores nas redes sociais para falar qual a música de Luiz Gonzaga é a preferida deles. Segue abaixo a listagem das mais votadas com link para ouvir (porque a gente é demais né!).

Lista de músicas do Luiz Gonzaga para o Dia Nacional do Forró

Vida de Viajante (com seu filho Gonzaguinha. Emocionante!)

Mas é claro que faltaram muuuitas outras boas aí, então, para tentar ficar um pouco mais completa a lista, pedimos ao nosso Dj do coração, DJ Kalango, fazer um set de músicas de Luiz Gonzaga para divulgarmos aqui. Segue o link para download, é só clicar AQUI.

Bom, eu não sei vocês, mas depois de toda essa imersão sobre o Dia Nacional do Forró e Luiz Gonzaga, meus pezinhos agora estão coçando pra ir dançar um forrozim. E tem jeito melhor para comemorar esse dia?! 

Fonte: http://www.palmares.gov.br/archives/40034

Quer ler mais sobre forró? Veja algumas matérias que escrevemos clicando aqui.

Dança Terê 2017: os melhores profissionais de dança de salão num só lugar

Saiba como foi a 4ª edição do Dança Terê, os workshops e apresentações dos melhores profissionais de dança de salão do Brasil


O que dizer desse evento que eu acabei de conhecer, mas já considero pakas?!haha Essa famosa frase dos depoimentos de Orkut encaixa certinho na sensação que tivemos após fazer a cobertura do Dança Terê 2017, em Teresópolis. Apesar de já acompanhar à distância, foi nossa primeira vez no evento e já estamos apaixonados esperando pela próxima edição.

dança terê 2017
A energia do Dança Terê é incrível! Desde a equipe organizadora que além de super competente e organizada, é pra lá de animada e transborda alegria, se divertindo muito durante o evento, apesar da responsa. Os bolsistas também foram sucesso. Todos muito atenciosos e empolgadíssimos em ajudar. Os profissionais de dança então nem se fala, é muito talento e técnica reunida em um só lugar. Toda aula era descontraída, animada e empolgante. Você sai de um evento desse tendo mais certeza que a dança é mesmo transformadora!

Para sentir como foi a energia do Dança Terê 2017, confira o after movie que produzimos mostrando os melhores momentos:



Workshops do Dança Terê 2017


Geeente, pensa num lugar só com OS MELHORES profissionais de dança de salão do Brasil. Foi muita loucura! Vimos (mas não conseguimos participar infelizmente. Ossos do ofício!) aulas dos melhores profissionais de cada estilo, os especialistas mesmo em bolero, samba, zouk, samba funkeado, forró, bachata, kIzomba, salsa e outros. E mais: uma aula pra lá de especial do carismático e talentoso mestre Jaime Arôxa. Um show à parte!.

O mais legal é que tinham aulas para todos os níveis de pessoinhas dançantes. Os workshops eram divididos em 3 salas: iniciante, intermediário e avançado. E os congressistas podiam escolher qual das 32 aulas fazer a cada rodada. Isso durante os 3 dias de evento. Ou seja, você podia fazer uma aula de samba avançando e logo depois uma de bachata iniciante.

No final de cada workshop, além do muito conhecimento, a gente ainda assistia ao improviso do casal de professores mostrando o conceito ou movimento daquela aula. Veja abaixo alguns deles:

Leo e Robertinha – Improviso SAMBA FUNKEADO



Ana e Luiz –Improviso FORRÓ PÉ DESCALÇO


Anderson e Brenda – Improviso ZOUK


Chocolate e Ana – Improviso SAMBA



Confira os demais improvisos do Dança Terê 2017 no nosso canal no YouTube.

Os bailes do Dança Terê 2017


Quando eu disse que a equipe do Dança Terê arrasa, eu não tava brincando. Os bailes estavam simplesmente MA-RA-VI-LHO-SOS! A decoração, estrutura, organização, tudo nota mil! Na sexta, foi um baile à fantasia temático de astros do cinema (veja abaixo algumas fotos). Com dois ambientes: um latino, com a banda Mano a Mano e outro de dança de salão. Já no sábado, foi a noite do preto e branco, um baile de gala com a banda Alto Astral. Os djs eram o Dj Chan e Dj Rapha [link].
dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois.

dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois.



dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois. 

dança terê 2017
Créditos: Cobertura Dance a Dois.
Nos dois dias de baile também tiveram apresentações de dança dos profissionais que participaram do evento. Se os improvisos já foram maravilhosos, imaginam a coreografia. Confira alguma delas e babem:

Jaime Arôxa e Monique Marculano - BOLERO


Laura Piano e Rodrigo Piano - BACHATA


Fernando Schellenberg e Nayara Melo - SALSA


Chris Brasil e Paula Penteado - ANGOLA MIX

Sheila Aquino e Marcus Lobo - SAMBA



Assista as outras apresentações do Dança Terê 2017 no nosso canal no YouTube.

É claro que já estamos à mil trabalhando no after movie do evento pra conseguir mostrar mais e melhor para vocês como foi o Dança Terê 2017. Aguardem!  [Atualizado em 08/01] Finalizamos o after movie e inserimos no início deste post! Curtam, comentem e compartilhem! \o

Como é um festival de forró pé de serra



Saiba como é o local, a estrutura, acomodações, as bandas, as danças e as pessoas que participam de um festival de forró pé de serra.

festival de forró pé de serra

Ei pessoinhas dançantes e forrozeiras! Hoje vim matar a curiosidade de muitos que estão entrando agora no mundo do forró e querem saber COMO É UM FESTIVAL DE FORRÓ PÉ DE SERRA. 

Quem já é viciado frequentador de forró, aqueles que o mosquitinho do forró já picou, está sempre por dentro dos festivais de forró que rolam pelo Brasil a fora. E todos gritam de boca cheia que é simplesmente MARAVILHOSO! Mas quem ainda não foi em nenhum fica cheio de curiosidade para saber exatamente como é um festival de forró pé de serra: a estrutura, os locais, as bandas, enfim, o clima mesmo do evento. 

Por isso, eu aproveitei o Festival de Forró de Aldeia Velha deste ano (no qual eu e Ruan estávamos cobrindo!) para mostrar pra vocês como é, afinal, essa parada. E já adianto que: é SENSACIONAL MEXMO!haha Se você já tinha vontade de ir antes, agora vai ficar com mais vontade ainda haha

Como é um festival de forró pé de serra


No resumo da ópera do forró, um festival de forró pé de serrá é isso aqui oh:

- Local: cidadezinhas mais afastadas dos centros urbanos ou sítios
- Acomodação: prepara a barraca e o repelente
- Alimentação: comida não falta aqui (no Festival de Aldeia é 24h de comida self-service), bebida muito menos né?!
- Ambiente: three little birds mode on. Mato, rio, cachoeira, sombra e água fresca.
- Shows de bandas e djs: apenas os fodas de vários lugares do país
- Pessoas: super abertas, simpáticas e alegres. Você sai de um festival com mais uns 10 amigos do peito, pelo menos. E com casa pra ficar em vários lugares do país, ou até mesmo, do mundo.
- Dança: prepare os pezinhos e a abra a cabeça. É muuuuita dança, de manhã, de tarde, de noite, de madrugada. No salão, no camping, no rio, na cachoeira, na fila do banheiro rs. Vários estilos super diferentes e bacanas de conhecer.

É ou não é viciante?! 
Confira o vídeo da matéria completa e entenda todos esses detalhes:



Festival de Forró de Aldeia Velha 2016


No ano passado, quando eu fui para o Festival de Forró de Aldeia Velha (e fiquei com o Ruan, começando nossa história <3 ), fiz uma matéria falando exatamente desses detalhes do festival. Como cheguei até lá, o camping, alimentação, banheiros etc. Confira a matéria do ano passado também. 

IV Dança Terê: turismo dançante em Teresópolis


Os melhores profissionais de dança de salão do Brasil juntos num final de semana fantástico em Teresópolis. Se preparam para o IV Dança Terê!


Ei pessoinhas dançantes do meu coração! Estamos com mais um evento na agenda para fazermos a cobertura: o IV Dança Terê, que acontece nos dias 3, 4 e 5 de novembro (pós-feriado de finados) lá em Teresópolis.

O Dança Terê já é um evento consagrado no meio da dança de salão e eu já ficava babando vendo os vídeos das apresentações todos os anos. Eram sempre os melhores profissionais, só gente f0da e uma energia incrível. E, após trabalhar com a Andrea Mello no For All A Festa (veja tudo que rolou no evento neste post aqui), tivemos a oportunidade de estar juntos novamente no Dança Terê. E eu to como?! Amaaando!

Claaaro que fizemos aquele vídeo chamado para mostrar tudo que espera por vocês, confira aí:



IV DANÇA TERÊ: VEJA TUDO QUE VAI ROLAR ESSE ANO


Para celebrar a sua 4ª edição, o Dança Terê esse ano está ainda mais maravilhoso! Os melhores professores de dança de salão do Brasil, vários estilos de dança: samba, forró, bolero, tango, batchata, zouk e muito mais. E a participação especial do mestre Jaime Arôxa! Confira todas as atrações:

IV dança terê dança de salão Teresópolis


Quem é amante da dança de salão e quer aprimorar sua dança não pode ficar fora desta festa! E quem está procurando uma oportunidade para aprender a dançar e ainda curtir um feriado gostoso em Terê, também já tem o seu lugar!

Nós, com certeza, estaremos lá e mostraremos tudo para vocês nas nossas redes sociais. Se você ainda não nos acompanha, a hora é agora: Facebook e Instagram do Nos Passos da Dança.

Saiba mais informações no site do evento: http://www.dancatere.com.br
Ou diretamente com as organizadoras: Andrea: (21) 99621-0098 ou Máyra: (21) 99702-9218.

A dança para deficientes: inclusão social dançante


Os benefícios vão muito além dos físicos e mentais. A dança para deficientes é uma questão de aceitação na sociedade.


Ei pessoinhas dançantes! Hoje vim falar sobre a DANÇA PARA DEFICIENTES, um tema super interessante e que tem tudo a ver com duas coisas que acredito muito: a inclusão social e os benefícios físicos, mentais e sociais da dança!

A sugestão de pauta veio da querida Adriana Franco, professora de dança de salão na escola Arte em Movimento Danças de Salão, de Juiz de Fora. Ela desenvolve projetos de dança para deficientes e me mostrou um pouco do seu trabalho. Achei incrível e tive que vir aqui compartilhar com vocês.
dança para deficientes
Projeto Inclusão Quintal Mágico no qual a professora Adriana Franco ministra aulas de dança para deficientes. Créditos: foto divulgação.

Ao começar a pesquisar sobre o assunto e ver o trabalho dela, lembrei do Davi Marques. Um amigo, aluno, colega de escola e filho de uma das minhas professoras de dança de salão, a Silvana Marques, da Estação Cultural, também da terrinha. Por isso, a chamei para participar da matéria e falar um pouco sobre a dança para deficientes. Não só como professora, mas, principalmente, como mãe.

dança para deficientes
Davi Marques e Silvana Marques em um dos bailes da Estação Cultural. Créditos: foto divulgação.

Pessoas com deficiência: o que é? De quais tipos de deficiências estamos falando?


De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência – ONU (Organização das Nações Unidas) de 2006, “as pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual (mental), ou sensorial (visão e audição) os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Ou seja, são pessoas com dificuldades tanto físicas, quanto mentais e, muitas vezes, consequentemente, sociais.

Portanto, atividades que estimulem o lado físico, intelectual, sensorial e mental são excelentes. Ou seja, A DANÇA! E foi assim que a Adriana Franco resolver trabalhar com essas pessoas, pois sentia neles uma vontade grande de se expressar. “Posso ajudar eles de alguma forma e vai ser com a dança!”, pensou ela. Adriana fez o curso de Extensão de Dança para cadeirantes na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e outros particulares com deficientes professores de dança. Depois, passou a dar aula nos projetos Voluntário de Inclusão Quintal Mágico e Projeto Dança Inclusão.

Já Silvana, até o nascimento do Davi, não tinha contato nenhum com o mundo da deficiência e se viu num universo paralelo quando o ele nasceu: “a gente coloca uma cortina e tampa, e essas pessoas tornam-se invisíveis mesmo. E quando ele [Davi] nasceu, meus olhos se abriram para esse universo”, comenta ela.

Por ser dançarina e professora de dança há mais de 30 anos, imaginei que uma das primeiras atividades que ela iria inserir o Davi seria a dança, naturalmente. Mas ela contou que não foi bem assim. “Na verdade eu não pensei na dança, ele foi vendo a minha prática de vida. Eu só fui pensar em dança para o Davi quando eu já o vi dançando”, conclui.

Como são as aulas de dança para deficientes?


O envolvimento natural do Davi mostra que não necessariamente toda pessoa com deficiência tem que ter um processo específico para se aprender a dançar. Na verdade, segundo as duas professoras, cada deficiência é tratada de forma diferente, pois cada uma tem o seu limite. Eles são como qualquer aluno, independente de ter deficiência ou não, cada um tem seu grau de facilidade ou dificuldade na dança, assim como seu tempo de adaptação. E nas aulas de dança a gente sempre busca entender as limitações do aluno e tenta adequar parte do processo para ele. 

Mas é claro que muitos casos pedem metodologias específicas, como no caso dos deficientes físicos. Adriana comenta que as técnicas variam de acordo com a deficiência e o grau dela. E que o recomendado é entender a fundo a deficiência de cada aluno antes de começar o trabalho. Conversar com o fisioterapeuta, médico ou psicólogo do aluno para sabe até onde ele pode ir fisicamente e também como pode ser ajudado na parte psicológica.

dança para deficientes
Aluno do Projeto Inclusão Quintal Mágico no qual a professora Adriana Franco ministra aulas de dança para deficientes. Créditos: foto divulgação.

dança para deficientes
Professora Adriana Franco e seu aluno do Projeto Inclusão Quintal Mágico. Créditos: foto divulgação.
“Por exemplo, no caso cadeirantes existem os que têm lesões leves e outros que têm graves. Os cadeirantes, dependendo da lesão, se for grave, somente usam a cadeira elétrica. Trabalho o que ele consegue fazer com cuidado para não provocar lesões piores e faço ele descobrir formas de se movimentar na música e usando o que pode como braços, cabeça, etc.”, explica Adriana.

Assista ao vídeo do casal de alunos da Adriana, Rose Vieira (cadeirante) e João Batista Vieira, de aulas particulares e do trabalho de conclusão do curso de extensão na UFJF. Vejam as possibilidades da dança nesse caso.



Na minha conversa com a Silvana, ela observou algo que achei incrível. Falando dos deficientes mentais, como o caso do Davi, ela diz que sente que o corpo deles é mais livre, se expressam mais. “No sentido deles não terem muita idealização, então você trabalha com uma vibe primária. Há muita mitificação do método, ele é um só, você conhecer a pessoa e ir no limite dela”, pontua ela.

O desafio da dança para deficientes 


Se ensinar por si só já é um desafio (eu já percebi pelo pouco tempo que dou aula!), imagina trabalhar com pessoas com deficiências, com as quais é preciso ter todo um cuidado físico e psicológico?!A professora Adriana diz que, no caso da deficiência física, o principal desafio é fazer com que eles não ultrapassem seus limites e causem lesões, pois são tão determinados quando gostam da aula que podem se empolgar demais.

A coordenadora pedagógica, Elizabete Dutra, do Projeto Inclusão Quintal Mágico Juiz de Fora, associação que trabalha com adultos com deficiência e no qual a professora Adriana ministra aulas voluntárias, comenta sobre os benefícios das aulas de dança para deficientes. Segunda Elizabete, depois que os alunos começaram as aulas de dança o estresse diminuiu, a concentração ficou melhor e eles ficaram mais tranquilos. "Com toda sua experiência didática, a Adriana soube lidar com as diferenças, valorizando em cada aluno o seu potencial. A dança passou a fazer parte da vida do aluno, trazendo alegria e bem estar. Fazendo eles se sentirem livres e conhecerem o próprio corpo", comenta a pedagoga.

Assista ao vídeo das aulas no Projeto:



Já Silvana comenta que sempre acreditou que o caminho do Davi seria em qualquer atividade física e sempre trabalhou com vários tipos na vida dele. Na dança, ela diz que o Davi é muito criativo e que a cada aula é importante para ele. Como exemplo, ela comenta que as aulas que ele tem feito no Pé Descalço Juiz de Fora estão sendo fundamentais para dar disciplina a ele.

A importância da dança na vida dessas pessoas


A dança para deficientes é tão encantadora quanto para nós. Mas acredito que para eles tem um peso maior de superar limites que talvez fossem improváveis a outros olhos. Não só o limite físico, mas também o social.

Eu conheci o Davi no meio da dança e não teve um dia que não o vi sorrindo dentro da escola ou nos bailes. Nos últimos tempos, nas aulas do Pé Descalço, o Davi se tornou parte de nós, sempre compartilhando a mesma energia. Ele está junto conosco em todos os treinos e com a mesma vontade de passar no exame, com o mesmo gás e animação. Não preciso nem dizer o quanto a dança com certeza é essencial na vida dele.

dança para deficientes
Dani comemorando sua aprovação no exame da escola Pé Descalço Juiz de Fora. Créditos: Nos Passos da Dança.


Adriana comenta que os benefícios da dança para deficientes são muitos, gradativos e visíveis tanto para o aluno, quanto para a família. Pois além de uma atividade física, também é uma forma de inclusão na sociedade, fazendo as pessoas entenderem que todos tem direito à dança.

As duas professoras destacam e corroboram o que eu observei, a dança ajuda na inclusão social. “A dança na vida do Davi é um local de muita autoconfiança e respeito. Na dança ele conseguiu se inteirar de forma muito positiva. A dança significou essa aceitação social além da sala de aula”, expõe Silvana.

E assim como Silvana mesmo me ensinou e relembrou na nossa conversa: a dança é uma forma de expressão e de comunicação poderosíssima. Ter consciência e dominar seu próprio corpo, tenha ele deficiência ou não, é sensacional. Por isso, a conclusão disso tudo é que DANÇAR NÃO TEM LIMITES E É, REALMENTE, PARA TODOS!

Davi Marques com todo sua doçura posando para as lentes do Nos Passos da Dança.


Festival de forró em Juiz de Fora: For All A Festa

O For All A Festa se consagra entre os festivais de forró como um evento diferenciado e realmente para todos.


Um Festival de forró em Juiz de Fora! Quem diria que um dia minha terrinha ia ser palco de um evento tão diferenciado e lindo. O For All A Festa, aconteceu em agosto e, nas mãos da organizadora Andrea Pereira (organizadora do Dança Terê) com participação na equipe de Weslley Moreira, Walace Santos, Ismar Serqueira, Mayra Gabriel, Faier Farias, Léo Moreno e Willian Agassis, se consagrou como um evento de extrema qualidade, que mostrou a todos a verdadeira cultura do forró

festival de forró em Juiz de Fora
Toda a galera reunida no baile de sábado. Créditos: Baila Mundo.


Confira o vídeo after movie que fizemos mostrando os melhores momentos do evento e trazendo pra vocês toda aquela energia boaaa que sentimos lá:



FESTIVAL DE FORRÓ EM JUIZ DE FORA – FOR ALL A FESTA

Com formato totalmente diferente do que temos presenciado (e mostrado aqui para vocês), o For All aconteceu no Green Hill, um dos melhores hotéis da cidade, e mesclou a divulgação do conhecimento técnico de dança (típico dos congressos de dança de salão), com os shows e a festa das bandas e da cultura do forró (que normalmente encontramos mais nos festivais de forró do sudeste que frequentamos). E essa era um dos objetivos do evento: “temos que unificar dança e música, eu acho muito importante”, comenta Andrea.

Para os workshops de forró, tivemos os melhores professores do Brasil, representando estilos de se dançar forró diferentes (vou falar mais abaixo sobre cada um deles). Os shows também foram diferenciados, com as melhores bandas do cenário de forró pé de serra: Trio Rapacuia, Nando Nogueira, Marcelo Mimoso, Conterrâneos, Trio Dona Zefa e Trio Nordestino, além das atrações locais, Trio Só Forró e o dj do evento, DJ Kalango.

festival de forró em Juiz de Fora
Os professores que ministraram workshops de forró no For All A Festa. Créditos: Baila Mundo.

Festival de forró em Juiz de Fora
Trio Nordestino no churrasco de domingo do For All A Festa. Créditos: Baila Mundo.
Festival de forró em Juiz de Fora
Mimoso e banda no baile de sábado do For All A Festa.

Festival de forró em Juiz de Fora
Trio Dona Zefa no baile de sábado a noite no For All A Festa.
Além da diversidade de atrações e do formato diferente, outra característica marcante do evento foi a infraestrutura e organização, que foi de extrema qualidade. A estrutura do local dos workshops, hospedagem, alimentação, o som, tudo feito para uma experiência realmente gostosa...assim como dançar forró.

FESTIVAL DE FORRÓ EM JUIZ DE FORA: VÁRIOS ESTILOS, RITMOS E PROPOSTAS


A proposta primária do evento era realmente mostrar que o forró é para todos: todos que gostam de dançar, todos que gostam de ouvir a música, todos que amam essa cultura nordestina! Através, principalmente dos workshops, o evento conseguiu mostrar como a cultura do forró é muito rica e diversificada. São vários estilos dentro do ritmo forró, várias formas de dançar, várias formas de ensinar. Cada workshop de forró vindo de um canto do país, professores com vivências distintas, metodologias diferentes e estilo próprio, simplesmente os melhores.

Como disse o próprio padrinho do evento, o objetivo do For All A Festa era que as pessoas “tivessem contato com diversas possibilidade de dançar forró”. E com certeza isso foi alcançado! Veja abaixo um pouco sobre cada workshop de forró:

GILBERTO PAIXÃO – FORRÓ NORDESTINO/PÉ DE SERRA/ROOTS


Com anos de experiência em forró, o professor Gilberto Paixão esteve presente no Festival de Forró em Juiz de Fora mostrando o seu estilo próprio, que tem base no forró tradicional, mas com uma mistura gostosa de elementos do forró nordestino (movimentos de quadril), as sacadas de pernas (hoje consideradas oriundas do estilo Itaúnas/roots, mas que veio muito do tango, como ele mesmo comenta) e movimentos de giros (oriundos principalmente do pé de serra).

Nos seus workshops, Paixão trabalhou muito os movimentos e posturas de base, além de giros no eixo e musicalidade. Veja a apresentação do professor e curta um pouco a energia da sua dança. Afinal, Gilberto transmite mesmo o seu famoso jargão “Quem dança, é mais feliz”.


MILENA E VALMIR - FORRÓ PÉ DESCALÇO


Nossa escolinha do coração não podia ficar de fora de um Festival de Forró em Juiz de Fora, né?!O Pé Descalço foi representado por Milena e Valmir, uns dos melhores dançarinos da escola. Apesar de ter pouco tempo de existência, se comparado à outras escolas e estilos, e por ser formado por professores bem mais jovens, se comparado aos das escolas tradicionais de dança de salão, o Pé Descalço hoje virou mais que uma escola de forró, é considerado um estilo de se dançar forró. 

O Pé Descalço é muito reconhecido pelos movimentos de braços, giros soltos e por dançar músicas extremamente rápidas. Mas o estilo tem várias outras características de dança que o tornaram mundialmente conhecido, como: mistura de movimentos de outros estilos (sobretudo a salsa, o samba e o zouk), conceitos de leveza, musicalidade e agilidade.

Vejam o improviso no final de uma das aulas do For All A Festa e entendam por que somos realmente apaixonados por esse estilo <3


DAIARA E JURUNA - FORRÓ ESTILO ITAÚNAS (ROOTS)


Um dos estilos mais procurados ultimamente: o estilo de Itaúnas, muitas vezes também chamado de roots, está super em alta. E o workshop dos pais dos estilo, Daiara Paraíso e Márcio Juruna era um dos mais esperados. E não é atoa, o forró de itaúnas/roots é realmente muito legal e divertido de dançar, além de ser extremamente desafiador (pra não dizer difícil rs).

O estilo de forró Itaúnas é tipicamente conhecido pelas jogadas e sacadas de pernas, que, diferente do samba, não são “tiradas” propriamente com a perna, mas sim com condução de tronco e braço. A agilidade nas pernas deles é surreal, principalmente em músicas rápidas. Eu e Ruan somos fãs demais do estilo e buscamos aprender para incrementar na nossa dança. E agora depois de conhecer esses dois, super humildes e de alta qualidade, viramos ainda mais fãs!

Olha que irado o improviso deles no Festival de Forró For All A Festa:


KUQUE  E MARCELA - FORRÓ ELETRÔNICO


Falando em virar fã....gente, para tudo! Eu fiquei simplesmente ENLOUQUECIDA DE ENCANTADA com esse casal, Kuque e Marcela. Além de lindos (ela então, nem se fala né?!), simpáticos, super didáticos e técnicos, eles me fizeram quebrar um preconceito que tinha sobre o estilo forró eletrônico. Apesar de nunca discriminar qualquer dança, eu achava simplesmente engraçado esse estilo de dançar forró, parecia mais zoação do que dança...mas QUEEE?!!! Haja técnica pra dançar que nem eles, tá?! Agora eu digo com todo orgulho do mundo que eu ADORO O FORRÓ ELETRÔNICO. Mas preciso muito aprender a dançar primeiro haha

Se tem uma característica marcante no forró eletrônico é, sem dúvida, a energia! Que ritmo gostoso e contagiante, não dá pra ficar parada e não tentar mexer o quadril haha O estilo, assim como vários todos, mistura alguns movimentos de outras danças, sobretudo a batchata, zouk e salsa. 

Segurem o queixo para ver o vídeo deles dançando no For All a Festa:


DAMYLA E MARCELO GRANJEIRO - FORRÓ DE GAFIEIRA E AÉREOS


Todo mundo diz que forró é uma dança super gostosa de se dançar, juntinho e coladinho, delicinha, né?! Pois é bem isso que os professores e padrinhos do evento For All A Festa, Damyla Maria e Marcelo Granjeiro, passam nas suas aulas. Que a curtir a DANÇA é o mais importante,  se deixar levar pela música e aproveitar as técnicas no momento certo.

De forma extremamente didática, eles mostraram como movimentos aparentemente básicos podem ser aproveitados de maneiras diversas, usando outros tempos, outro corpo e principalmente a musicalidade. Olha que delícia de ver os dois dançando juntos, que conexão! (Estou atrás da versão dessa música, quem souber me manda aí, pleeeease!).


Além disso, eles ministraram um dos workshops mais esperados do evento, o de passos aéreos. E levaram toda a didática, técnica e paciência para essa aula que foi simplesmente demais! Diferente do que muitos imaginam (e tentam), passos aéreos não é simplesmente jogar o outro pra cima e fazer piruetas (não, não é o mortal do Ruan!rs). Requer muita consciência corporal, do parceiro e dos movimentos que vão ser executados. Por isso, os exercícios do workshop foram voltados para trabalhar o corpo e prepará-lo para os movimentos aéreos no forró.

GLEDSON E LETICIA – MUSICALIDADE NO FORRÓ


Os professores da Cia da Terra, Gledson e Leticia, ministraram uma das aulas mais bacanas do evento, de um conceito que acho extremamente importante e no qual todos os professores deveriam focar sempre: MUSICALIDADE! Porque o que adianta fazer um monte de movimento tudo fora do ritmo, amigo?! Me ajuda aí, né?! E eles ajudaram e fizeram um workshop incrível explicando e trabalhando o conceito, com exercícios simples de teoria musical. Foi realmente muito interessante!

E veja aplicação da musicalidade na dança e vai me dizer que não é outra belezura de se ver!


Esse foi o For All A Festa! Espero que tenham conseguido sentir um pouco do gostinho do evento. E que tenham gostado e se animado, porque em 2018 tem mais!

Como é o exame do Pé Descalço

Conheça o exame Pé Descalço e como funciona a metodologia dos colares


Ei pessoinhas dançantes, quem aí sabe como é o exame Pé Descalço?! Bom, quem acompanha a gente por aqui ou pelas redes sociais (Facebook Instagram e Youtube) sabe que nós somos da escola de forró Pé Descalço, que é uma escola de Belo Horizonte, mas que tem unidades em várias cidades do país. Como eu moro em Juiz de Fora, sou da unidade daqui e o Ruan vem quase todo fim de semana para fazer aula me ver Oo haha. (Nos últimos meses eu também comecei a dar aula de dança na unidade e está sendo uma experiência incrível, logo eu conto melhor pra vcs sobre isso!).

O Pé Descalço é uma escola bem conhecida no Brasil e no mundo (sim, principalmente na europa!), e um dos nossos diferenciais é a metodologia de ensino. Nós dividimos os alunos em níveis de aprendizado, chamados de rodas. Cada roda tem certos conceitos e figuras de dança adequados ao nível dos alunos que estão nela. Cada roda é representada por um colar com o símbolo da escola, cada colar tem sua cor (que representa a roda) e seu significado. E para passar de nível/roda e conquistar novos colares o aluno tem que fazer o exame de colar, o famoso exame Pé Descalço.Veja mais sobre o significado de cada colar neste link aqui.

Exame Pé Descalço Exame de colares

E quem já sabe de isso tudo ou tá sabendo agora sempre fica com aquela curiosidade: Mas como é exatamente o exame Pé Descalço? Todos ficam esperando do lado de fora e entram numa sala de audição? O aluno tem que dançar tudo que sabe e fazer certos passos específicos? Todos passam? Todos tomam pau? É super tenso? Enfim...para sanar tooodas essas e outras dúvidas, eu e Ruan aproveitamos nossa viagem até BH para fazer também o nosso exame e mostramos como é o Exame Pé Descalço. Acompanhamos alguns alunos que fizeram exame, conversamos com examinador e mostramos a festa linda que realmente é esse dia para nós! Assista tudo no vídeo abaixo:


Bom, para quem ficou na curiosidade também sobre os resultados dos exames, o único da matéria que passou foi o Ruan (\o/) – não pelo mortal, haha, mas por que dançou muito mesmo e conseguiu desenvolver os conceitos de dança requisitados para estar na roda da preta :) Claro que todos dançaram pra caramba, principalmente o Herquitiano, mas quanto mais alto o nível, maior a responsabilidade e exigência!

Algo que eu acho importante destacar sobre o exame Pé Descalço é que, assim como a Adriana fala na matéria, ele tem que ser visto como algo positivo, seja para quem passa ou para quem “toma pau”, afinal, o ideal é você estar na roda de aprendizado mais adequada ao seu nível; se não, você acaba prejudicando o seu aprendizado e também o do outros. A metodologia do exame é feita para ter a divisão dos alunos na hora do aprendizado sistemático, mas existem outros momentos das aulas e do Pé Descalço que todos dançam com todos, para também ter a troca de conhecimento entre alunos de níveis diferentes. Além disso, o exame é uma forma da gente querer crescer sempre na nossa dança, afinal, assim como na vida em geral, nosso objetivo é sempre evoluir, certo?! ;)

Workshop e Exame Pé Descalço Juiz de Fora


Falaaaaando em exame Pé Descalço, esse fim de semana teremos workshop e exame de colares da nossa unidade aqui de Juiz de Fora. No sábado, dia 10, teremos workshop com professores da vermelha de BH e no domingo, dia 11, teremos o exame de colares. Apesar de ser menor, pois é focado mais em Juiz de Fora e região, nosso evento é lindo de se ver e aberto a todos que queiram participar! Os workshops são de todos os níveis, ideal tanto para quem já dança e quer aprender coisas novas, quanto para quem quer aprender do zero! Veja abaixo o vídeo que fizemos para dar um gostinho de como é essa festa linda!



Exame Pé Descalço Juiz de Fora 2017



Tango em Juiz de Fora: um pouco de música

Conheça um pouco mais sobre a música tango e comece a apreciá-la


Ei pessoinhas dançantes! Semana passada eu fiz um post aqui falando algumas coisas que aprendi sobre o tango num bate-papo com o professor Júlio Cezar Franco, organizador do Manchester Tango, professor de dança de salão na escola Balliamo e um dos professores especialistas em tango em Juiz de Fora. Quem ainda não viu, vale a pena ler, tá super completa e cheia de vídeos lindos de tango! (Ler agora clicando aqui).

A ideia do bate-papo surgiu pelo meu interesse crescente nessa dança a partir do nosso envolvimento no projeto Manchester Tango Juiz de Fora, organizado pelo professor Júlio. Mas a conversa rendeu tanto que deu conteúdo para dois posts sobre o tema. No primeiro eu foquei, claro, na dança. Mas não existe dança sem música e o tango é lindo de se dançar e de se ouvir também. Por isso, trouxe aqui algumas ideias e sugestões para vocês sobre a música tango.

Para entrar no clima, dê o play no vídeo e leia ouvindo o tango de Carlos Gardel, Por una cabeza.



Tango como música


Dança sem música não existe. Ouvir, entender e se envolver com a música é muito importante para uma boa dança. No tango não é diferente. Hoje, há a dança tango e a música tango, mas para um dançarino, o estudo deve ser sempre de ambos. O tango como música tem suas variações dentro do estilo, de acordo com as épocas e os compositores. Alguns bem conhecidos são Carlos Gardel, Aníbal Troilo, Francisco Canaro, Rodolfo Biagi e Rúben Juarez. Abaixo a composição Adios Nonino, de Astor Piazzolla,  considera, por muitos, sua obra-prima. Ele fez esta música para homenagear o seu falecido pai. 




Mas por qual compositor devo começar a ouvir tango?


O professor Júlio indica que se comece a ouvir os compositores dos anos 40, pois são tangos mais marcados e cadenciais, além de serem os que, até hoje, mais tocam nas milongas argentinas. Sua principal indicação é Osvaldo Pugliese, pois apesar de respeitar as cadências do tango, tem uma linha melódica muito boa. Além dele, Júlio cita também Juan d'Arienzo, considerado “o rei do compasso”, por ter tangos de marcação forte. É um dos compositores de tangos que os milongueiros argentinos mais gostam de dançar, por ter tangos de marcação bem clara e definida. Veja baixo uma apresentação de tango com a música “La tupungatina” de Pugliese, olha que lindeza!


Após esse primeiro contato, o professor indica também ouvir Astor Piazzolla, mais recente que Pugliese, esse compositor tinha um estilo próprio que variava muito entre o tango mais melódico e mais cadencial, misturando ainda outros ritmos. Ousou mais na melodia e quebrou regras, tanto que não foi bem aceito pelos milongueiros, pois segundo eles era um tango que “não se podia bailar”.  Só quando voltou de uma turnê fora da argentina que foi mais aceito pela comunidade artística dos hermanos. Veja abaixo o vídeo da composição Libertango de Piazzola dançada por um casal no estilo tango de escenario.


Atualmente têm-se também o tango moderno, conhecido como tango eletrônico e neotango. Eles são muito bons para coreografias, para o tango de escenario, por serem mais marcados e também atraírem mais os jovens. Veja abaixo um vídeo de dança de uma música do Gotan Project.


Como dançar tango com musicalidade? 


Eu sempre digo nas minhas aulas que, aprender e executar passo é “fácil”. O difícil, e o que eu considero uma dança mais madura e bonita, é executar os movimentos na música, sentindo e expressando o que a música lhe passa, desenvolvendo o que chamamos de musicalidade (se quiser entender mais sobre esse conceito, fiz um post sobre esse conceito com os professores do Pé Descalço de BH, leia aqui). 

Portanto, assim como acontece nas outras danças, o tango também tem que ser dançado sentindo a música. Mas como a música não é comum para nós, então, o desafio é ouvi-la e conhecê-la melhor para poder treinar os ouvidos e depois o corpo, adequando os movimentos aprendidos com o tempo e as nuances da música. 

Esse estudo é tão profundo no tango, que atualmente existem seminários de tango específicos sobre certos compositores. Os professores estudam a fundo alguns compositores para tentar entender como se dançar cada um. No Manchester Tango, o professor Júlio dará o seminário “Como bailar estilo Osvaldo Pugliese e estilo Juan D´Arienzo – nível iniciado e avançado”.

Manchester Tango em Juiz de Fora


Tenho certeza que se você chegou até aqui neste post, não só os pezinhos estão coçando para aprender tango, mas o ouvido pedindo para escutar também. Então, aproveite para mergulhar nesse mundo e participe do Manchester Tango Juiz de Fora, nos dias 26, 27 e 28 de maio. Além de workshops e seminários de tango, de todos os níveis, do iniciante ao avançado, resgaste histórico sobre o tango na cidade e apresentações de dança de salão, terá também performance musical de tango ao vivo, com a cantora Celeste Gomes. Veja abaixo uma palinha da cantora no vídeo do evento:


Mais informações neste post aqui , na página do evento no Facebook ou diretamente com o professor Júlio Cezar Franco pelo telefone (32) 99194-7089.

E bora dançar ouvindo a música pelos ouvidos, sentindo na alma e expressando no corpo! \o

Tango em Juiz de Fora

Saiba mais sobre a dança tango em Juiz de Fora com o professor Júlio Cezar Franco


Ei pessoinhas dançantes do meu coração! Quem acompanha o Nos Passos da Dança no Facebook, Instagram e viu o último post aqui do blog, percebeu que estamos super envolvidos com o Manchester Tango, um evento de tango em Juiz de Fora. Eu já achava o tango lindíssimo, mas agora estou com os pezinhos coçando pra arriscar aprender e cada vez mais admirada. Por isso, resolvi entender mais sobre o tango e trazer aqui pra vocês.

tango em Juiz de Fora
Professor Júlio Cezar Franco e sua parceira, a professora, Fernanda Neves, dançando tango.

E ninguém melhor para me ajudar nesse aprendizado do que o professor Júlio Cezar Franco, organizador do Manchester Tango, professor de dança de salão na escola Balliamo Espaço de Dança e um dos professores especialistas em tango em Juiz de Fora. Tivemos um bate-papo muito bacana e ele me contou como começou a se envolver com o tango. Assim como muitos dançarinos de dança de salão, o tango já era uma dança que despertava nele grande fascínio. Mas foi na decisão de abrir a Balliamo, há 23 anos atrás, que ele percebeu que o tango poderia ser um diferencial da sua escola de dança de salão, visto que na época o tango era muito pouco trabalhado na cidade.

Júlio foi buscar mais aprendizado sobre tango no Rio de Janeiro e lá conheceu um casal de professores argentinos, a Alejandra González e o Marcelo Roldan, que o ajudou na promoção do tango em Juiz de Fora, ministrando, durante 6 meses, um curso de tango na cidade. Isso, somado ao aprimoramento do Júlio no tango, colocava a Balliamo no caminho de se tornar a referência que é atualmente em tango em Juiz de Fora. 

Mas o professor continua aprendendo e busca estar sempre atualizado, faz cursos em Buenos Aires e estuda cada vez mais a fundo o tango, como dança, como música e como cultura argentina. “Minha relação com o tango não é de passos, passos você aprende na internet. Minha relação é de profundidade. Eu sempre quis entender a alma do tango. O porquê dos fundamentos do tango”, diz Júlio.

Um pouco da origem do tango


Vou começar com aquela frase clichê sobre a origem de uma dança...”A origem do tango causa discussão entre os estudiosos e não é muito bem definida” haha.  Mas segundo o professor Júlio, o tango  nasceu da combinação de culturas europeias, africanas e latino-americanas. Mas a mistura final, que realmente criou o tango como o conhecemos hoje, nasce em uma atmosfera totalmente portenha, na bacia do Plata, em zonas boêmias argentinas como o bairro de La boca.

A dança tango - Características principais e diferenças das outras danças de salão


Como eu “sou da” dança de salão, sempre que estou aprendendo sobre um estilo, a primeira coisa que procuro entender é qual a característica principal dele e sua diferença para as outras danças de salão. E foi essa uma das perguntas que fiz para  Júlio, que me explicou que em termos de movimentos, assim como qualquer outro estilo de dança, o tango tem sim os mais característicos, como a caminhada, movimentos de pernas e pés, a linguagem corporal e o tempo. Mas para ele, há outras duas características diferenciais do tango.

1. A cultura do tango é muito diferente


Por não ser um ritmo originário do Brasil, a maioria das pessoas não tem o costume de ouvir tango no rádio, na rua ou em eventos, assim como acontece com o samba, o forró e até mesmo o bolero, que são ritmos musicais mais comuns, que fazem com que nossos ouvidos sejam mais acostumados com eles. O que, com certeza, facilita na hora de dançá-los. Segundo Júlio, esse é um dos desafios do tango, que o faz tão diferente dos demais. Por isso, é preciso estudá-lo e entendê-los mais como música e como cultura argentina. Tanto que a dica do professor para quem quer começar a dançar tango é: comece a ouvir muito tango! (opa, já estou criando minha playlist haha).

2. O abraço do tango


Eu sempre digo que a dança de salão é caracterizada pelo abraço. Mas no tango o abraço é diferenciado, mais próximo, peito com peito, tronco todo colado (assim como acontece em alguns estilos de forró). A diferença é que no tango (especificamente no tango de pista), o abraço quase nunca se rompe e os quadris ficam separados, dando espaço para os movimentos de pernas. Júlio comenta que a postura do abraço no tango de pista se assemelha a um castelo de cartas, os dançarinos projetam o corpo um para cima um do outro, usando a gravidade e contrapeso, num encaixe que forma uma resistência. É dessa forma que o cavalheiro conduz a dama. Tudo começa no abraço, a condução do cavalheiro vem do tronco e a resposta da dama à condução é sentida também no tronco, utilizando o contrapeso para fazer a caminhada e os movimentos de perna.

Veja abaixo um vídeo que mostra de forma clara esse tipo de abraço no tango. Lembrando que esse tipo de abraço é o mais técnico e maduro, para quem já tem consciência e domínio do corpo e do estilo tango. Deve ser construído ao longo da dança.




Tango de pista e tango escenario: diferenças hermanas 


O professor Júlio Cezar também explica a diferença entre tango de pista e tango escenario. O primeiro é o tango real, que se dança nas milongas (bailes onde se dançam tango). Suas características principais são que, como é dançado em salões de baile, o abraço fechado do tango predomina praticamente durante toda a dança, quase nunca se rompe. E os movimentos são mais fechados e contidos, respeitando o espaço e os outros casais. É a dança do casal para o próprio casal.

Já o tango escenario é o tango de apresentação. No qual há o rompimento do abraço fechado, com movimentos totalmente abertos e alongados, onde se usa mais o espaço. É a dança do casal para os outros. O vídeo acima, apesar de ser uma apresentação, mostra claramente um tango de pista. Abaixo veja um vídeo de um tango estilo escenario.





Júlio ressalta muito a importância de se ensinar para os alunos nas aulas de tango sobre a diferença desses dois jeitos de se dançar tango, para que o aluno possa se adaptar ao ambiente que estiver e curtir a dança de acordo com a proposta da mesma. É isso o que ele ensina nas suas aulas de tango em Juiz de Fora.

Como dançar tango?


tango em Juiz de Fora
Professor Júlio Cezar Franco e sua parceira, a professora, Fernanda Neves, dançando tango.
Como estão intrinsecamente ligados, é preciso dançar sempre dando a devida importância para a música, senti-la e se envolver. Mas no tango, por ser tão diferente para nós, é preciso ir mais a fundo e estudar mesmo os compositores, para ver como expressar sua dança em diferentes músicas.

Esse estudo é tão profundo no tango, que atualmente existem seminários de tango específicos sobre certos compositores. Os professores estudam a fundo alguns compositores para tentar entender como se dançar cada um. No Manchester Tango, o professor Júlio dará o seminário “Como bailar estilo Osvaldo Pugliese e estilo Juan D´Arienzo – nível iniciado e avançado”.

Perguntinhas básicas sobre como dançar tango


Sabe aqueles perguntinhas báasicas que todo mundo faz sobre certo assunto...eu também fiz para professor.

O tango é difícil de aprender?


Não, a dificuldade é a mesma de qualquer dança (ritmo, movimentos, consciência corporal, domínio do corpo, condução etc). A diferença do tango, como citado acima, é mesmo a barreira cultural, por não estarmos acostumados com o ritmo musical, a dança intuitiva não acontece tanto como nos outros estilos de dança, o que dificulta no ritmo e no embalo. Mas nada como o treino do corpo e do ouvido não ajude.

É preciso saber outros ritmos para aprender tango?


Não! Assim como acontece em qualquer outro estilo de dança que se inicia, caso você já saiba outro ajuda sim, na consciência corporal, noções de comando, abraço, condução  etc. Mas você pode sim aprender a dançar começando pelo tango. Ele também vai te ajudar muito nas outras danças, caso faça o caminho inverso. Agora, mesmo quem já dança outros estilos, quando começa a dançar tango é diferente, descontrói, é outra linguagem.

Manchester Tango em Juiz de Fora

Manchester tango em Juiz de Fora evento de dança de salão

Tenho certeza que se você chegou até aqui neste post, os pezinhos já estão coçando para aprender ou aprimorar a dança tango haha. Então, aproveite para mergulhar nesse mundo e participe do Manchester Tango Juiz de Fora, nos dias 26, 27 e 28 de maio. Além de workshops e seminários de tango, de todos os níveis, do iniciante ao avançado, terá também performance musical de tango ao vivo, resgate histórico sobre o tango em Juiz de Fora, apresentações de tango e outras danças. 

Mais informações neste post aqui, na página do evento no Facebook ou diretamente com o professor Júlio Cezar Franco pelo telefone (32) 99194-7089.

E bora dançar, seja o estilo que for, a música que for! \o