Dicas de viagem: Itaúnas além do forró


Dicas de como ir, onde comer, onde ficar e preços em Dunas de Itaúnas


Não dá pra viver só de forró, infelizmente. Sei que alguns até gostariam, mas tem que comer, dormir e curtir outras coisas também ás vezes, né?! E fiz esse post exatamente para mostrar as outras belezuras de Dunas de Itaúnas, além do forró.

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Nascer do sol em Dunas de Itaúnas. Créditos: Aguenor Timoteu.
No outro post que fiz sobre Dunas de Itaúnas - a capital do forró pé-de-serra, falei mais da cidade em relação ao forró, à música e à dança. Já este post de hoje será mais sobre a viagem, a estrutura da cidade pra receber os turistas, dicas de como ir, onde comer, onde ficar e claro, o preço de tudo.


UM POUQUINHO DE HISTÓRIA


A história de Dunas de Itaúnas está intrinsecamente ligada ao seu nome. Segundo o blog do Ministério do Turismo, as dunas escondem a antiga cidade que entre os anos 50 e 70 foi soterrada. Com isso, a vila foi transferida para o outro lado do rio Itaúnas, onde está atualmente. Hoje em dia, a antiga cidade soterrada, ou melhor, partes dela, virou atração turística. Você pode fazer trilha ou um passeio de jipe e ver algumas partes onde a antiga cidade existia.

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Praia de Dunas de Itaúnas. Créditos:Tadeu Bianconi.

DICAS DE COMO CHEGAR


Como já disse no outro post, eu fui com uma “excursão” meio informal. Uns amigos organizaram tudo, alugaram uma casa e um micro-ônibus, juntaram a galera e foram. Os organizadores já tinham contatos em Itaúnas e também tiveram desconto no busão, por isso, nossa viagem ficou em R$475 por pessoa, com transporte e casa (sim, extremamente barato, né?!). Mas foi tudo bem simples, alguns dormindo em colchões no chão da sala, na varanda, na cozinha, outros até acamparam e por aí. Mas foi super gostoso mesmo assim. Ô turma boa!

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Busão da excursão para Dunas de Itaúnas, Réveillon 2015.
Existem muitas excursões saindo de BH que fazem o pacote com transporte + hospedagem e alguns até com refeições, também a preços bem acessíveis. Vi uns pacotes para esse Réveillon de 2016 a partir de R$900. São normalmente organizadas por pessoas que também amam a cidade e o forró e já vão para Itaúnas há anos. Então acho confiável e legal ir com uma turma assim.


Para quem quer ir por conta


Quem quer ir por conta tem mais 3 opções:

Carro - bom, se for sair de São Paulo, Minas ou Rio de Janeiro, acredito que qualquer viagem vai ser um pouco mais demorada e cansativa. De BH a Itaúnas são em média 650km. Então prepare-se bem e, se possível, vá com dois motoristas ou parando para descansar. A estrada de Conceição da Barra para Itaúnas é bem chatinha, de terra, pedras e muito quente. Esse finalzinho da viagem é brabo, mas vai valer a pena, lembre-se disso!

Ônibus - para quem vai de busão dá pra fazer o trajeto Vitória - Conceição da Barra – Itaúnas. Esse percurso dá em média 271km. A viação Águia Branca faz a linha Vitória x Conceição da Barra e a Mar Aberto (Tel.: 27 3762-2093), Conceição da Barra x Itaúnas. Passagens em torno de R$60 a R$70 reais de Vitória x Conceição. Já pra Itaúnas tem ônibus ou van, em torno de R$7

Avião – na verdade essa opção é até Vitória, depois tem que ir de busão mesmo até Dunas. Aí o preço do voo varia de acordo com o local de origem.


HOSPEDAGEM 


Na minha viagem, alugamos uma casa e foi super de boa. Têm várias casas que alugam para temporada, mas o pessoal de lá não é muito comercial, não divulgam muito, acaba que fica tudo na informalidade. Se optar por alugar casa, acho que vale procurar em grupos do Facebook, que deve ter mais indicações.

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Nossa casinha em Dunas de Itaúnas.
A cidade tem também opções de pousadas, suítes, chalés e campings. Tem de diversos estilos e preços. Mas de forma geral, os preços são bem acessíveis e mais baratos que outros lugares turístico. Veja no final deste post alguns sites com contatos de hospedagens.


AS BELEZAS NATURAIS 


O Parque Estadual de Itaúnas hoje é responsável por garantir a preservação do diversos ecossistemas da região (manguezal, dunas, restingas, Mata Atlântica e alagados), além das praias. Lá também tem o Projeto Tamar, que cuida da preservação de tartarugas marinhas.

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Projeto Tamar em Dunas do Itaúnas. Créditos: Paulo Jares.

As dunas são mesmo gigantes, em altura e extensão. É bonito de ver aquele montão de areia a perder de vista, com o mar verdinho atrás. A praia tem alguns quiosques servindo comida e bebida, com cadeiras e sombrinhas. Não vi muitos ambulantes. O ambiente é tranquilo e gosto. A água do mar é quentinha e, na época que eu fui, achei o mar meio forte. No geral, na minha opinião, avalio como uma praia de média pra boa. Mas pra relaxar com os amigos, curtir o visual e se refrescar fica bom demais.

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Praia em Dunas de Itaúnas.
Agora sabe o que eu mais me encantei das belezas naturais? O rio Itaúnas. É uma delícia! Apesar da água negra que se vê ao longe, de perto é cristalina, super refrescante e tranquila. Na maioria dos dias eu fiquei me banhando pelo rio mesmo, nem chegava a ir a praia. Além de ficar de boa no rio, você também pode alugar caiaque ou stand up para passear.

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Rio Itaúnas em Dunas de Itaúnas. Créditos: Jéssica Couri.

RESTAURANTES 


Assim como a hospedagem, tem restaurante para todos os gostos e bolsos. Desde uns mais chiquezinhos (é “zinho” porque não é muito a vibe de lá lugares muito refinados!), outros mais simples, mais rústicos, porém, bons também. Tem self-service e também PF. Eu, por exemplo, comi num PF que era R$15 e num outro que era R$20. Mas um dia fui num bistrô para comer um peixe grelhado com ervas e batata com cream cheese (que tava uma delícia de bom!) e paguei em torno de R$40. 

Também tem muita lanchonete (que funcionam até de madrugada. Eu achei isso demais!). Tem uma tapiocaria lá muito boa, com vários sabores de tapioca salgadas e doces, deliciosas e bem fartas por R$12. Também tem bastante lugar vendendo açaí, creme de papaya, sorvete. Tudo baratinho. Eu me esbaldei, pois adoro essas coisas! 

Uma dica importante: leve dinheiro vivo, pois a maioria dos lugares não aceitam cartão e lá não tem caixa eletrônico, só em Conceição da Barra. 

De forma geral, se comparada às outras cidades turísticas, não podemos dizer que Itaúnas tem uma ótima estrutura turística. Mas acho que isso tem muito a ver com o estilo da cidade e dos turistas que ela recebe. O pessoal que vai pra lá, que é da cena do forró e do reggae, são pessoas muito simples, que não se preocupam tanto com luxo, sofisticação ou muito conforto. A maioria quer mesmo curtir a natureza, a música, a dança e pra isso, o que Itaúnas oferece tá bom demais. 

Eu me senti super a vontade na cidade, tinha tudo que eu gostava e não precisaria de mais nada. Só usei roupinhas leves e simples, nada de maquiagem, biju ou arrumar cabelo, ninguém liga pra isso, o importante é curtir o lugar e, claro, dançar forró! 

Sites de referência para pesquisar mais sobre a viagem pra Itaúnas




Dunas de Itaúnas: a capital do forró pé de serra

Viagem, natureza e forró: tudo junto e misturado em Dunas de Itaúnas


Quem me conhece sabe que duas das minhas principais paixões na vida são: dança e viagem. Portanto, unir essas duas coisas é simplesmente SEN-SA-CI-O-NAL! E foi o que eu consegui no meu Réveillon: viajei mais de 20 horas até Dunas de Itaúnas, a capital do forró pé-de-serra. E valeu a pena demais, confere só!
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Forró na praia de Dunas de Itaúnas.Créditos: Ramon Lino.
Itaúnas ou Dunas de Itaúnas é uma pequena vila ao norte do Espírito Santo, quase divisa com a Bahia e pertence ao município de Conceição da Barra, ficando a 25 km deste e a 270 km de Vitória, capital do estado.

Demorei tanto na viagem, pois fui numa excursão que saía de Barbacena e passava em Belo Horizonte para pegar mais pessoas e de lá até Itaúnas. Como sou de Juiz de Fora, ainda tive mais esse trecho para percorrer até pegar o ônibus. A excursão era de pessoas que, assim como eu, ou talvez até mais, são loucas pela dança e, principalmente, pelo forró. Formamos no final uma turma boa de 26 pessoas de diferentes lugares, idades e experiências de dança. E essa troca foi realmente incrível, nos divertimos muito e só por essa turma já valeria a viagem toda. (Fica aqui meu agradecimento e homenagem à turma do Forró da Linguiça ou do Kuduro, como preferirem! rsrs).
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Excursão para Réveillon em Dunas de Itaúnas, 2015. Créditos: Lili Melo.

A viagem foi bem demorada e cansativa, mas...quem disse que chegar ao paraíso seria fácil? Todo o perrengue compensa quando você chega a Itaúnas e escuta o tilintar de um triângulo ou o choro de uma sanfona.

A cidade é daquelas típicas de interior, porém no litoral. Poucas e estreitas ruas de chão de terra, casinhas pequenas e simples, uma praça, uma igreja, um rio e, separando a vila da praia, as famosas dunas de até 30 metros de altura. O mar é, assim como qualquer mar do mundo, lindo de se ver, com aquela água quentinha típica de quem vai subindo pro nordeste do Brasil.
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Praia de Dunas de Itaúnas.Créditos: Jéssica Couri.

Na cidade, além dos nativos, que são pessoas super simples e trabalhadoras, que te atendem com muita boa vontade, você encontra um monte de forrozeiro de tudo quanto é canto do Brasil e do mundo (sim, de todo lugar do mundo pra dançar forró: Polônia, Alemanha, Suíça, França, Itália, EUA, Japão; são os que eu conheci ou ouvi falar enquanto estive lá).

A rotina então é essa: acorda (quando se dorme) e desde manhã já tem forró, seja na padaria ou em casa; você vai pra praia e tá tocando forró; na beira do rio, na praça, ta tocando forró, a cidade realmente vive e respira o forró dia e noite. E onde se reúne duas ou três pessoas com triângulo, sanfona e zabumba, envolta estarão pelo menos mais duas dançando um forró.
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Forrozeiros em Dunas de Itaúnas. Réveillon 2015. Créditos: Aguenor Timoteu.
                               
Esse intercâmbio de experiências, conhecimentos, passos, suor, sorrisos e cultura é o que vale a pena numa viagem e também na dança. E foi assim que Itaúnas virou a capital do forró pé-de-serra. De acordo com minha pesquisa, na década de 80 algumas pessoas começaram a viajar pra Itaúnas pra curtir as belezas naturais e descobriram que os nativos faziam um forró bacana. Com isso, os turistas - principalmente os paulistas - que gostavam de forró e também de um lugar tranquilo com praia, começaram viajar sempre pra Itaúnas e a assim levar mais forrozeiros, disseminando o movimento do forró pé-de-serra de Itaúnas.

Hoje, além de receber turistas do Brasil e do mundo todo, Itaúnas realiza o FENFIT - Festival Nacional de Forró de Itaúnas, desde 2001, que acontece todo ano em julho. O Festival foi e continua sendo palco para a revelação de grupos como Chama Chuva, Falamansa, Rastapé, Trio Virgulino, Trio Nordestino, Trio Juazeiro, Trio Sabiá e muitos outros grandes artistas da cena do forró pé-de-serra.

LOCAIS ESPECÍFICOS PARA DANÇAR EM ITAÚNAS


Bom, como já perceberam, em Itaúnas você pode dançar em qualquer lugar, mas tem alguns lugares principais que os forrozeiros reúnem para tocar e dançar forró:

A Padaria – famosa por reunir a galera durante o dia para tocar e dançar forró. Qualquer um que souber tocar algo pode ir pro meio da padaria (que na verdade é tipo um bar) e começar a tocar. Logo a galera vai se reunindo em volta, dançando, bebendo e se divertindo muito.
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A famosa padaria de Itaúnas. Forrozeiros o dia inteiro tocando e dançando forró.
Crédito: Jéssica Couri.
Café Brasil – é um espaço para shows que normalmente tem as matinês de forró. Na época que eu fui começava às 17h. Alguns dias tinham aulas de forró e mais tarde vários shows bacanas que iam até às 23h mais ou menos. Era tipo o refúgio quando o som da padaria acabava e um esquenta para os shows da noite.
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Bar e espaço para show Café Brasil em Dunas do Itaúnas. Créditos: Jéssica Couri,
Buraco do Tatu – é uma das duas principais casas de shows de Itaúnas. É um espaço bem grande para apresentações. Eles promovem shows muito bons e fica sempre aquela disputa entre Buraco do Tatu e Bar do Forró, qual vai ser essa noite?! rs
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Buraco do Tatu, casa de shows em Dunas do Itaúnas. Créditos: Jéssica Couri,
O Bar Forró – É a outra casa de show de Itaúnas. Criado em 1989 eles faziam os bailes de forró de antigamente. Tem uma estrutura bem bacana, mais moderna e estilo mais balada mesmo. Eu achei bem melhor o clima de lá e também o chão. Os shows também estavam melhores e eu curti lá quase todos os dias que fiquei em Itaúnas.

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O Bar do Forró, casa de show de Dunas do Itaúnas. Créditos: Jéssica Couri.

OS SHOWS


Falando em shows, nem precisa dizer que a programação do Reveillon estava demais. É em Itaúnas que você vai ver os melhores shows de forró pé-de-serra. Para eu e meus amigos que somos de Juiz de Fora e, infelizmente, não temos muitos shows por aqui, os daquela semana foram sensacionais. Teve show do Chama Chuva, Dona Zefa, Mestrinho, Mariana Melo, Severo Gomes, Trio Virgulino, Trio Nordestino, Trio Juazeiro e muitos outros sensacionais.       

                                      

INGRESSOS


Muitos disseram que os ingressos no dia e na hora iam ficar caros e era melhor comprar com antecedência para garantir. Bom, se você já conhece os lugares e os shows e quiser se programar, melhor comprar antes sim. Eu deixei pra comprar todos no dia e paguei entre R$20 e R$50 (o mais caro foi no dia 31/12). Achei justo pelos shows, pelo local e pela época.

Além do forró, Itaúnas também tem a estrutura turística, diferentes tipos de hospedagem, restaurantes, artesanato e passeios. Mas para não estender mais esse post, fiz outro falando mais da viagem em si, com dicas de como ir, lugar pra ficar, comer e também o preço de tudo isso. Veja aqui as dicas de viagem para Itaúnas.

O saldo final da viagem foi: muito forró, muitos novos amigos, muito conhecimento, muitas experiências diferentes de dança, muita saudade e muita vontade de voltar já! Quem adora um forró e um lugar “de boa” vá conhecer essa vila, você vai dançar até o pé doer e não poder mais, e ainda assim vai continuar dançando!


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Foto linda que representa o amor das pessoas que vão em Itaúnas pelo forró.
Os pézinhos são da Izabelle Ferreira do blog Do Inferno ao Céu.
Créditos: Adriane Dornellas.

Casais da dança: juntos nessa paixão – Vantagens e desafios de ter um amor da dança

Encontrar um amor que também dança é incrível. Há muitas vantagens numa relação de casais da dança, mas há também os desafios. 


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Casal da dança Nathália e Alexey na apresentação de zouk na qual foram o casal principal.

Para nós, pessoinhas dançantes e apaixonadas por essa arte, encontrar um amor que também dance é simplesmente sensacional.  Por ter essa paixão em comum, o casal tem sempre muitos assuntos para conversar e ficam horas falando sobre dança, vendo vídeos, discutindo conceitos e treinando passos. Planejam ir juntos a congressos e festivais de dança ou sempre incluem no roteiro da viagem algum lugar para dançar. Os dois gostam de sair para dançar e seja a festa que for, sempre terão seu/sua companheiro/a de dança. Fazem amigos em comum pela dança e, em muitos casos, trabalham juntos com isso. 

Quando o nível de paixão dos dois pela dança é parecido, os estilos de vida são similares e fica mais fica entender a prioridades que damos para a dança na nossa vida, seja para as aulas, ensaios, apresentações ou mesmo para os bailes e congressos. Além disso, quando o casal é da dança, principalmente da dança a dois, também é mais fácil compreenderem que dançar coladinho com outro alguém não tem nada demais, é apenas uma dança mesmo. Quem não é do meio, dificilmente entende isso.

Mas nem tudo são flores, claro que há também os desafios de se ter um companheiro que também dança. Muitas vezes as opiniões divergem sobre o, daí a discussão pode render. Para os que trabalham juntos com dança, também existe o desafio de separar o lado pessoal do casal, do lado de parceiros e profissionais de dança. 

Mas resolvi perguntar aos casais que entrevistei para essa série, quais as vantagens e os desafios que eles encontram com seus parceiros. Veja abaixo as respostas desses casais da dança:

 Vantagens e desafios de ter um amor da dança

Carla e Joseph


Casados e professores de balé e jazz na escola Magia da Dança. Veja a história deles no primeiro post da série Casais da dança.

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Carla e Joseph. Créditos: arquivo pessoal.
VANTAGENS

Para ela: “São muitas. O que falta em mim ele tem, o que falta nele eu tenho. Ele é muito criativo para montagens de cenário, figurino e produção artística; e eu na parte de coreografias e enredo de apresentações, por exemplo. A gente se completa mesmo na dança.”


DESAFIOS

Para ela: “A convivência constante pode gerar desafios. Por estarmos sempre juntos e falando da mesma coisa, obviamente que às vezes pensamos diferentes e surgem divergência de opiniões, mas conseguimos resolver tranquilamente.”

Clarissa e Felipe


Namorados, diretores e professores na escola Pé Descalço de Juiz de Fora. Veja a história deles no segundo post dessa série Casais da dança.

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Clarissa e Felipe. Créditos: Priscila Machado.


VANTAGENS

Para ela: “Por trabalharmos com dança e estarmos sempre treinando juntos, a gente cresce e evolui na nossa dança muito mais rápido. É ótimo ter alguém que temos liberdade e podemos treinar sempre.” 

Para ele: “ Concordo com ela e acho que ter uma parceira que dança para quem é professor é essencial, pois estamos sempre treinando juntos e também temos sempre alguém para sair para dançar.”

DESAFIOS

Para ela: “Ás vezes dá conflito de opinião sobre alguns assuntos da dança e da escola, é normal. Por ter muita liberdade um com o outro, às vezes ficamos muito exigentes e críticos com nosso parceiro de forma que não podemos ser com outras pessoas. Isso é delicado.”

Para ele: “Não viciar sua dança com um parceiro só é desafiador. É importante que o casal dance separado também para não acostumar a dança só com aquele parceiro. Tem que treinar junto, mas tem que dançar separado também.”


Angela e Paulo


Namorados, alunos de dança e ele também é professor de dança. Veja a história deles no segundo post dessa série Casais da dança.

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Angela e Paulo. Créditos: arquivo pessoal.

VANTAGENS

Para ela: “Ter um companheiro que dança é ótimo, tem muitas vantagens. Ter alguém para sair para dançar com você sempre é muito bom.”

Para ele: “Como sou professor, tenho sempre muitos bailes e eventos para ir. Ter alguém animada que goste de ir comigo e ainda se diverte lá também, me deixa muito feliz e tranquilo.”

DESAFIOS

Para ela: “Um desafio é que quando saímos para dançar em eventos com alunos, se deixar eu nem consigo dançar uma música com ele. Não tenho ele só pra mim, né?!rs Mas eu entendo, me divirto também.”

Para ele: “Exatamente por ter que dançar com várias alunas e ser muito chamado para dançar nos bailes, se for uma namorada que não é da dança não entende e tem ciúmes. Quando a pessoa é da dança é mais fácil de entender isso.”


Jessyca e Krepp


Namorados, professores de dança na escola In Dança e Pé Descalço JF. Veja a história deles nsegundo post dessa série Casais da dança.

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Jessyca e Carlos. Créditos: arquivo pessoal.

VANTAGENS

Para ela: “Ter alguém com interesse em comum e coisas em comum para fazer é maravilhoso para o casal, ficamos muito mais unidos.”

Para ele: “Ter uma parceira de dança que também é namorada é muito bom, por tê-la perto sempre, podemos treinar a hora que quisermos ou sair para viajar pra um congresso ou evento de dança de última hora, ter a pessoa ali topando tudo com você é muito bom.”

DESAFIOS

Para ela: “Muitas vezes, temos opiniões opostas sobre certos assuntos de dança e escola. Isso é desafiador, pois nós dois somos da dança e damos aula, sabemos do que estamos falando.”

Para ele: “Claro que por ter uma parceira e namorada de dança, não temos a mesma liberdade. Às vezes as alunas ou pessoas em festas ficam sem graça de chamar pra dançar por estarmos acompanhados.”




Nathalia e Alexey


Namorados, se conheceram através da dança na escola de dança de salão que participam e dançam juntos até hoje. Um marco no namoro dos dois e o que os aproximou muito foi a apresentação ‘’Idas e Vindas’’ de zouk na qual fizeram o casal principal da coreografia. Veja o vídeo aqui.

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Nathalia e Alexey. Créditos: arquivo pessoal.

VANTAGENS

Para ela: “O parceiro geralmente é mais cavalheiro, o casal tem mais sintonia e é mais uma maneira de se divertir juntos.”

Para ele: “As vantagens? Nunca ficamos parados em festas.”

DESAFIOS

Para ela: “A única desvantagem seria quando outras pessoas não conseguem entender que uma dança pode acontecer sem interesse, tirando isso, são só vantagens."

Para ele: “Desafios? Dentro da escola, nenhum. Meus ciúmes que às vezes me deixa encabulado por ela dançar com estranhos em festa, até porque, dependendo da festa os homens normalmente querem outra coisa, não só dançar.”

Claro que as vantagens são muito maiores que os desafios. Namorar alguém que também dança só tem a somar na nossa vida e na nossa dança. É muito importante para um casal ter estilos de vida semelhantes, interesses em comum e uma paixão para curtirem e dividirem juntos. E você, tá esperando o que para convidar aquele crush para dançar? Quem sabe não é a partir daí que vocês vão caminhar juntos nos passos da dança?!

Casais da dança: juntos nessa paixão – Era uma vez um xote...

A música é lenta, o casal dança agarradinho e o coração bate mais forte envolvido por um xote. Clarissa e Felipe, Jessyca e Carlos, Ângela e Paulo são casais forrozeiros que se apaixonaram ao som de uma sanfona.


Hoje eu vou contar mais três histórias de amor da série Casais da dança - juntos nessa paixão. Mais especificamente do forró, um ritmo delicioso e envolvente que sempre deixa corações apaixonados por aí. Acho que dá pra ler o post ao som de um xote bem gostoso para entrar nas histórias...

CLARISSA VIEIRA <3 FELIPE JÚLIO

A história desses dois se mistura à história da escola de forró Pé Descalço de Juiz de Fora, afinal são eles os diretores da unidade e responsáveis por muitos forrozeiros da cidade saberem dançar bem um forrozinho hoje. 

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Felipe e Clarissa, professores de forró na Escola Pé Descalço. Créditos: Priscila Machado.

O PD JF foi inaugurado em 2013, mas a história desse casal começa em 2009 quando se conheceram numa balada sertaneja. O primeiro encontro já teve a ver com pé, porém, um pé quebrado que Felipe estava e não podia dançar. Mas mesmo assim, foi corajoso para ir conversar com Clarissa, na época uma adolescente de 16 anos emburrada sentada na mesa com os adultos que a levaram para aquela bendita festa (no dia ela achava que era maldita!rs). A sintonia foi imediata e já anunciava a harmonia que o casal teria também na dança, o que fica evidente quando se vê os dois dançando.

Mas assim como é difícil dirigir uma escola e fazê-la crescer, o namoro dos dois também teve algumas batalhas antes de assumirem um compromisso. Foram 2 anos ate o início do namoro. Felipe já dançava e fazia aulas de dança de salão, Clarissa só dançava em festas com as amigas. Mas a aproximação do casal trouxe a menina para a dança e fez com que os dois se desenvolvessem juntos em vários estilos, como o samba, soltinho, bolero e zouk, mas o que fazia o coração deles bater mais forte era o forró. Por isso, começaram a procurar as aulas do Pé Descalço em Belo Horizonte e se apaixonaram pelo estilo da escola.

Depois de um tempo de dedicação à dança, os dois, sempre juntos, foram convidados pelos diretores do Pé Descalço de BH para abrirem uma unidade em Juiz de Fora. Um dos requisitos que os fizeram ser escolhidos foi exatamente a sintonia do casal e envolvimento e comprometimentos deles com a dança. Juntos eles já eram mais fortes do que imaginavam.

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Juntos há 5 anos, o casal já fez aulas de vários estilos de dança de salão, mas se apaixonaram pelo forró.
Créditos: Michael Lopes.
Atualmente Clarissa e Felipe tem 5 anos de namoro e passaram muita coisa juntos, não só pessoalmente como na dança. Mesmo sendo muito novos, abriram uma escola de forró em Juiz de Fora, estudam e trabalham além de darem aulas, viajam constantemente para BH para cursos de professores, aulas particulares, reuniões administrativas e exames de colares. Chegaram juntos no penúltimo nível de colar, o da roda preta avançada, e continuam trabalhando com muita dedicação e humildade para pegarem o último colar do Pé Descalço, o colar vermelho, que representa paixão, nada mais em consonância do que a história, a dança e as aulas desse casal. 

Graças a eles e essa paixão que exalam pela dança e um pelo outro, o forró em Juiz de Fora cresce constantemente, hoje são mais de 70 alunos na escola e muitos apaixonados pelo forró graças à sementinha que eles plantam todos os dias. Tudo isso por causa de um pé quebrado, ainda bem! Rs

ANGELA COELHO <3 PAULO VIDAL


“Nosso corpo se aproximou para dançar juntos, nesse momento sumiu tudo e parecia que só tínhamos nós dois e a música no mundo.” É assim que Paulo descreve a primeira dança que teve com Angela, há pouco mais de 7 meses em um forró de Juiz de Fora. Apesar de serem da dança e terem costume de dançar com várias pessoas, eles sentiram que aquela dança era diferente e desde esse dia não se desgrudaram mais.

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Juntos ha 7 meses, o casal Angela e Paulo se envolvem cada vez mais um com o outro e com a dança.
Créditos: arquivo pessoal.

Ela já dança há alguns anos, começou em São Paulo com dança de salão e depois de passar um tempo fora do país, ao voltar para o Brasil e vir morar em Juiz de Fora, logo procurou uma escola de dança. Ele dança há 10 anos e há 7 já dá aulas de dança de salão em Barbacena, sua cidade natal, e nas cidades próximas. 

No dia que se conheceram, Angela só queria sair para dançar um pouco, precisava extravasar e foi pela segunda vez naquele forró. Paulo, que há 2 anos não vinha em Juiz de Fora dançar, também foi cheio de energia para a noite toda. Mal sabiam eles que iam se apaixonar naquele dia ao som de uma sanfona.

Mesmo Angela não trabalhando com dança, o casal não consegue pensar hoje na vida dos dois sem a dança. Atualmente fazem aulas de forró juntos em Juiz de Fora e sempre que podem treinam. Além de mais da metade dos programas do casal ser festas para dançar. A paixão pela dança cresce no mesmo ritmo que eles se conhecem e se apaixonam, embalados por um forró gostoso e envolvente.

JESSYCA BARBOSA <3 CARLOS KREPP


Sabe aquele casal que se completa? Que não se desgrudam e você nem consegue mais imaginar um sem o outro? Esses dois são assim, exalam amor e sintonia! Ela morena, ele loiro. Ela com o jeito encantador de menina, mas com seriedade de uma mulher. Ele com a empolgação de um menino, mas os sonhos de um homem. Ele dá a condução na dança e na vida, ela desenvolve o passo e vive de forma leve e elegante. Ele ensina um movimento na aula, ela completa com os seus toques. Ele é ar, ela é água. Ele é 5, 6 e ela 7 e 8.

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Carlos Krepp e Jéssyca Barbosa, namorados, parceiros e professores de dança de Juiz de Fora. Créditos: arquivo pessoal.

Mas toda essa sintonia não podia ser imaginada por eles quando se conheceram numa aula de dança. Jessyca, na época com 16 anos, fazia balé no seu bairro e foi convidada por um professor da mesma escola a fazer aulas de outros ritmos no centro da cidade. Carlos estava na mesma escola dando aula de zouk e quando viu Jessyca dançar logo notou que a menina tinha potencial e a convidou para fazer mais aulas. Logo ela já era bolsista da escola de Krepp.

Carlos dança há 12 anos e dá aulas de dança de salão há 4, desde 2014 tem sua própria escola, o Espaço In Dança. Jessyca dança desde os 7 anos, começou com aulas de jazz e balé clássico, desde que começou a dançar com Carlos se desenvolveu também na dança de salão. Com histórias tão diferentes e mundos distantes, os dois não podiam imaginar que iam se conhecer pela dança e se envolver.

A leveza e consciência corporal que Jessyca tem por causa do balé, se encaixaram perfeitamente nos estilos de dança que Krepp ensinava e gostava, como o zouk e o forró. Krepp então começou a ficar encantado pela menina, que também se encantava a cada dia que conhecia novos passos e possibilidades na dança. 

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Por morar longe do centro e pelas aulas de dança serem até tarde da noite, Krepp ficou com a responsabilidade perante a mãe de Jessyca de levá-la em casa quando necessário. Com isso, o os dois começaram a se aproximar e perceberam que o encantamento não era só pela dança, mas também um pelo outro.

O casal está junto há mais de um ano e levam o compromisso que tem com a sua relação e com a dança muito a sério. Estão sempre em busca de novos conhecimentos, cursos e estão sempre treinando juntos. Jessyca agora dá aulas no In Dança e também no Pé Descalço junto com Krepp. E quem é aluno sabe que ter aula com esse casal é realmente inspirador e apaixonante, como eles!

Ahh, é incrível como a dança aproxima e une as pessoas. Veja também outra história linda da série Casais da dança - juntos nessa paixão - do casal de professores Carla e Joseph
Quem nunca se deixou levar e envolver nem que seja por uma música não sabe o que é dançar e se apaixonar! 

Casais da dança: juntos nessa paixão – Carla Marins e Joseph Santos

Quando os parceiros de dança Carla e Joseph descobriram que não era só a dança que os unia, mas também o amor um pelo outro, tiveram que batalhar muito para ficarem juntos


O amor está no ar...e no nosso caso, nos pés também! Hehe A dança é uma arte apaixonante e com amantes muito fiéis. Muitas pessoas já tem uma história de amor com a dança. Mas quando através da dança um casal se conhece e se apaixona, ahhh....aí fica tudo mais lindo ainda! Eu fui atrás dessas histórias incríveis de casais que se conheceram na dança e trouxe para vocês se emocionarem e se inspirarem. Vou postar durante a semana essas histórias, para encher os dias de vocês de amor e emoção (sim, estou extremamente melosa depois dessas histórias rs).

CARLA MARINS <3 JOSEPH SANTOS


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Carla Marins e Joseph Santos, professores na escola Magia da Dança em Juiz de Fora.
Créditos: arquivo pessoal.

Carla é formada em educação física, mas desde que conheceu a dança, investiu e começou a trabalhar na área. É professora de balé clássico e jazz. É proprietária e professora na escola Magia da Dança, que já tem 25 anos. Joseph é bailarino e coreógrafo, também é professor na Magia da Dança, além de trabalhar com produção de eventos infantis no Magia Produções.

Quem vê hoje esse casal lindo dançando, felizes e trabalhando com dança, não imagina a grande e emocionante história deles e o quanto batalharam para ficarem juntos.

Eles se conheceram quando Joseph tinha 9 anos e foi participar de uma coreografia na escola de dança de Carla. O perceptível talento do menino para a dança chamou atenção dela, que o convidou para fazer aulas na turma infantil. Nessa época, Carla não podia imaginar que aquele garotinho um dia ia ser o homem da sua vida.

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Joseph e Carla se conhecem ha 22 anos apaixonados pela dança e hoje um pelo outro.
Créditos: arquivo pessoal.

Joseph sempre se destacou na escola, tanto pelo talento na dança, como pela educação e carinho que tinha por todos. Uma cena marcante na lembrança de Carla é quando os alunos iam se despedir dela no final da aula e faziam uma fila para dar um beijo de despedida na professora. Joseph sempre ficava por último na fila, deixando até os colegas passaram na sua frente. Uma vez questionado sobre isso, o esperto menino respondeu: “Os outros podem te dar vários beijos, mas o último e que ficará marcado sempre será o meu”. Carla sempre via tudo como carinho de criança com a professora e o tratava como tal.

O tempo passou e Joseph foi crescendo como rapaz e evoluindo na dança. Já dava aulas com Carla e trabalhavam juntos em apresentações de dança. Mesmo sendo mais novo, Joseph sempre foi um rapaz muito maduro para sua idade, o que chamava atenção de Carla e os aproximavam muito como amigos e parceiros de dança. Mas...quando o amor acontece, não tem como negar ou evitar. E com o tempo os dois perceberam que não eram só apaixonados pela dança, mas também um pelo outro. 

Mas os desafios de ficar juntos eram maiores do que os passos de dança que treinavam exaustivamente para suas apresentações. Carla estava saindo de um relacionamento longo. A diferença de idade também era algo que assustava não só os amigos e familiares de ambos, mas eles mesmos. Carla comenta que foi um choque quando percebeu que estava apaixonada por um rapaz 16 anos mais novo que ela e um aluno seu que viu crescer. Era uma mistura de emoções dentro dela, e hoje ela vê como esse sentimento mudou com o tempo, como ela mesma diz “Ora ele foi meu filho, ora meu aluno, meu amigo, meu parceiro de dança, e agora pai do meu filho e meu marido”.

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Antes de ficarem juntos como casal, Carla e Joseph eram parceiros de dança. Créditos: arquivo pessoal.

Mas para o amor nada é impossível, sei que parece clichê, mas a história desses dois é prova disso...os dois decidiram ficar juntos e enfrentar tudo e todos. E a maior prova de que esse amor era real foi quando Carla, que até então não queria ter filhos, sentiu o desejo de externar ainda mais o seu amor e quis ser mãe, ficou grávida. O filho do casal nasceu com uma doença que somente 20% dos casos sobrevivem, mas o pequeno Ruan sobreviveu sem nenhuma sequela - é o único sobrevivente em Minas Gerais -, e hoje é uma criança super saudável, linda e feliz. Fruto de um amor que era para acontecer.

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O pequeno Ruan, filho do casal. Créditos: arquivo pessoal.

Atualmente o casal trabalha juntos como professores de dança na Magia da Dança e vivem da dança e da arte. Carla comenta que quando as pessoas perguntam para o casal, “ Desde quando vocês estão juntos?”, ela responde, “Desde sempre.”, afinal se conhecem desde que ele tinha 9, tem 22 anos. Mas eu diria que são 22 anos nessa vida, porque história bonita e emocionante como essa com certeza é muito mais antiga, rs.

E mesmo juntos há tanto tempo, o casal não perde o romantismo. No final da minha entrevista com Carla, feita pelo Whats App (tecnologia taí pra ajudar quem não tem muito tempo!), ela encaminhou os áudios emocionantes que me mandou contando a história do casal para o marido. Quando ele chegou em casa, estava com os olhos até inchados de chorar e não deixou de homenagear a mulher que sempre amou, olha o que ele levou pra casa hoje:

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Homenagem que Joseph fez à Carla depois de ouvir seu
depoimento sobre a histórias dos dois para esse post.

A história desses dois daria um livro, mas como eu tive que resumir espero que tenham gostado e se emocionado assim como eu quando fiz a entrevista. É lindo ver como a dança aproxima e envolve as pessoas e como para o amor não há barreiras ou limites, nada é mesmo impossível quando se ama e se faz o que ama.

Fiquem de olho que logo tem mais história linda de amor na dança. Espero que se sintam inspirados! Para os solteiros, quem sabe também não encontram um grande amor na dança. Só ficar esperto, afinal, o seu amor pode estar a um passo...de dança!

6º Festival de Forró de Aldeia Velha – Um cantinho do paraíso

Saiba como foi 6ª edição do Festival de Forró de Aldeia Velha, a estrutura do evento, os shows, preços e um pouquinho de como é aquele paraíso. 


Olá forrozeiros e amantes da dança, só agora consegui parar e descansar para escrever sobre a viagem do feriado e o 6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Afinal, foram 4 dias intensos de muito forró, deu pra cansar! Mas vamos lá para vocês saberem como foi essa viagem maravilhosa!

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6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

TRANSPORTE


Fiz uma divulgação intensa do Festival aqui em Juiz de Fora e com isso consegui levar 4 carros com 13 pessoas para Aldeia Velha. Teve até gente vinda lá do Espírito Santo pra ir com a gente. (Esses meus amigos forrozeiros são animados mesmo!rs). Saímos de Juiz de Fora às 7h30, pegamos a BR040 passando por Matias Barbosa, Três Rios, Petrópolis, Magé e depois pegamos a BR101 sentido Rio Bonito, seguimos no sentido Casimiro de Abreu, mas a cidade é antes, você pega uma estrada de terra até Aldeia Velha. São 5 pedágios, dá em média R$50. Apesar de ser fim de semana de feriado, a estrada estava tranquila e não pegamos trânsito muito intenso e nem engarrafamento, chegamos lá tranquilamente às 11h.

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Galera de Juiz de Fora companheira de viagem para o Festival de Forró de Aldeia Velha.

HOSPEDAGEM


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Camping do 6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.
Algumas pessoas desse grupo preferiram ficar em pousadas no centro da cidade. Eu e mais 6 amigos acampamos. O camping era em frente ao local do Festival, o que foi ótimo para locomoção e conforto. O camping era bem arrumado, bem iluminado e perto de um riacho – que no verão deve ser uma delícia acordar e já se refrescar, mas no frio que estava, o bom mesmo era só dormir com o barulho da água. Ao lado do camping tinha o estacionamento

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Camping perto do riacho no Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

Os chuveiros e banheiros (esse é um ponto que todo mundo que acampa sempre quer saber) ficavam em frente ao camping, no local dos shows. O banheiro era móvel, separado os de homens e mulheres e com limpeza 24 horas, sempre tinha papel, achei tranquilo. Os chuveiros também eram separados de homem e mulheres, porém eram frios. Só tinha um chuveiro quente para todo mundo. O que gerou fila e demora nos horários de pico. Mas eu deixava as minhas coisas na fila e ficava dançando enquanto não chegava a minha vez, não deixava de curtir nenhum momento haha.

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Banheiro móvel no 6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

A ESTRUTURA DO EVENTO 


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6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

A estrutura do evento estava bem completa e organizada. A pista de dança tinha um piso bom (eu sou muito chata com isso, não consigo dançar em qualquer lugar haha), a estrutura do som para os shows também foi bacana. Apesar de ter achado esses espaços pequenos, deu pra caber todo mundo dançando agarradinho rs.

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Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

Tinha bastante opções de comidas e bebidas. Tudo num preço bem acessível. O que eu achei incrível é que a lanchonete própria do Festival servia comida praticamente 24 horas por dia, café da manhã, almoço e jantar self-service com churrasco, tudo bem gostoso e barato. Além disso, tinha também local com fogão e utensílios para fazer a própria comida.

Em conversa com Josemar Cunha, organizador do Festival de Forró de Aldeia Velha, a estrutura da sexta edição superou a dos outros anos, pois ele colocou mais pessoas para trabalhar durante o evento, dobrou o número de banheiros e caprichou na alimentação. “Tive muitos pontos de acerto, recebi muitos elogios pela organização, alimentação e a simpatia da galera que estava trabalhando comigo. Estou bem feliz com o resultado.”, comenta ele. Ainda segundo o organizador, o evento teve uma média de 600 pessoas no primeiro dia, 900 no segundo e mais de 1000 no terceiro. 

OS SHOWS


Um dos pontos mais importantes num festival de forró são os shows. Eu gostei bastante da programação, foram muitos shows de qualidade. Tiveram os que eu sabia que seriam ótimos e atingiram a expectativa, como Coisa de Zé, Trio Forrozão, Trio Bastião, Severo Gomes (sempre sensacional!) e Trio Dona Zefa, que fechou o Festival no domingo de manhã e foi uma delícia. Mas foi bacana também para conhecermos melhor alguns sons novos de forró de bandas menores e menos conhecidas aqui na nossa região.

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Show do Severo Gomes no 6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

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Forrozeiros no Festival de Forró de Aldeia Velha. Créditos: Geziel Campos Moska.

ALDEIA VELHA – UM CANTINHO DO PARAÍSO


Além dos shows e da dança, o que também agrega muito nesses festivais é o local do evento. E Aldeia Velha é uma cidade maravilhosa. Pequena, simples, com muita natureza, cachoeiras lindas, além das pessoas da cidade serem muito simpáticas e acolhedoras. Apesar de estar um pouco frio, deu pra aproveitar bastante as cachoeiras.

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Eu e minha galera curtindo as cachoeiras de Aldeia Velha.
Aldeia já é uma cidade turística, pelas características citadas acima sempre atrai muita gente para curtir a natureza, mas o Festival de Forró de Aldeia Velha ajuda muito também no turismo da cidade, na parte de hospedagem, restaurantes, passeios turísticos e o comércio local de forma geral. O morador da cidade, Ruan Senna, diz que a cidade precisa muito desse tipo de evento. Segundo ele, todos ficam na expectativa e preparação para os dias do Festival, para receberem os turistas. “Um evento desse porte, que traz mais de 1000 pessoas pra cidade num só final de semana, ajuda muito a movimentar a cidade e o turismo daqui. Também ajuda a longo prazo, pois as pessoas conhecem Aldeia e voltam pra curtir mais a cidade em outras épocas”, diz ele.

O QUE ELES ACHARAM DO FESTIVAL?


Como fui com uma galera e também conheci bastante gente lá, resolvi fazer um espaço para elas darem seus depoimentos sobre o que acharam do 6º Festival de Forró de Aldeia Velha. Acho bacana para vocês lerem também opiniões diferentes da minha. 


festival de forró aldeia velha “Tenho que parabenizar o organizador do Festival pela iniciativa e pela organização do evento. A programação musical foi muito boa, desde bandas mais novas e comerciais, para iniciantes do forró e pessoas das cidades perto conhecerem o evento, como as bandas mais clássicas e antigas, para os amantes antigos do forró. Achei o evento bem barato, mas acho que no próximo poderia aumentar o preço do ingresso para investir mais em infraestrutura de banheiros, chuveiros etc.”

Wagner Vidal, 34 anos, forrozeiros há 16 anos, já foi em muitos festivais de forró.



festival de forró aldeia velha“Achei a viagem pra Aldeia Velha maravilhosa e inesquecível. Foi minha primeira experiência em um festival de forró e foi muito válida. Foi melhor eu ter ido primeiro nesse festival do que ir direto para Itaúnas, que é meu sonho de consumo, para eu ver como que é, sentir mesmo a troca de experiência de dança, os shows, para me preparar mesmo. Foi muito boa a companhia da galera que fomos e também que conhecemos lá.”

Aline Lisboa, 29 anos, curte forró desde os 13 anos, é louca para ir pra Itaúnas e foi seu primeiro festival.



festival de forró aldeia velha “Só de viajar com um grupo de amigos animados, para um lugar bonito, que deu para aproveitar as cachoeiras, apesar do frio e da rotina pesada e cansativa, fazíamos tudo junto, compartilhando mesmo esses momentos, foi muito bacana. A forma como nos receberam também foi muito legal. O que eu acho que pode melhorar é a mistura dos estilos de forró. O evento é bem voltado para o forró de raiz, pro roots, mas podia ter outros estilos também, pelo menos durante o dia. A gente pediu para o DJ algumas músicas e ele disse que não tocava aquele estilo. Acho que é bacana mesclar isso para atrair públicos variados.”

Abraão Calderano, 26 anos, começou a curtir forró há pouco tempo e foi seu primeiro festival.



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“O evento foi muito bom, a ideia inicial pra esse ano eram 5 bandas e acabaram sendo 15. Um dos pontos altos foi ter cozinha com fogão e louça que podiam ser usados por todos. Outro ponto bem legal e que foge do padrão dos festivais é a possibilidade de poder entrar e sair à vontade do evento. O espaço para dançar em frente ao palco ficou pequeno nos últimos dias. Considerando o valor do ingresso, as bandas escolhidas foram boas, porém acredito que ficou muito concentrado em bandas do Rio, o que acaba levando um público menor da região pra lá, já que o pessoal já tem acesso a esses trios sem precisarem viajar.”

Carlos Eduardo, 36 anos, 16 anos de forró e muita experiência de dança.


Bom, não precisa nem dizer que o saldo foi muito positivo, né?! Viagem e dança são duas paixões que eu tenho e quando consigo juntá-las é certeza de alegria e momentos inesquecíveis. Agora é descansar para a Fenfit 2016. E logo logo tem post no blog sobre aquele outro paraíso que é Itaúnas, fiquem de olho!